Fazenda Arco Verde em ritmo acelerado para inauguração da Fábrica de Adubos Orgânicos em Elísio Medrado

Por ANTONIO MASCARENHAS

A Fazenda Arco Verde, sediada em Elísio Medrado, impõe ritmo acelerado para colocação, em funcionamento, de sua fábrica de adubos orgânicos. Instalando-se às margens da BA-026 (trecho que liga Elísio Medrado a Amargosa, esse novo empreendimento, além de impulsar o cultivo orgânico na região e diversos rincões do Estado, com certeza, dará uma alavancagem significativa na geração de emprego e renda. 

Numa iniciativa pioneira, na região, por parte do  empresário Adenilton Francisco, a fábrica de adubos orgânicos adquiriu mais equipamentos, de maneira que possa não apenas dar mais celeridade à produção. Mais que isso, imprimir melhor qualidade aos seus produtos. 

 

O empresário tem acompanhado, cotidianamente, todo o processo de instalação dos novos equipamentos. “É importante que eu possa acompanhar de perto todo o processo de instalação, em que pese necessidade de estar pesquisando sobre o que há de mais moderno nessa área”, pontuou Adenilton. 

 

INAUGURAÇÃO

Questionado sobre a data da inauguração, não saiu pela tangente: “A data da instalação está bastante próxima. Além dos procedimentos burocráticos, aquisição de equipamentos e novas intervenções de infraestrutura, a necessidade de avaliação técnica para que a produção, ao ser iniciada, já possa atender a uma demanda acentuada. 

UMA IMBRICADA RELAÇÃO COM A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

De origem humilde, o  agricultor Adenilton Francisco, desde sua juventude vem angariando experiências. Proprietário da Fazenda Arco Verde em Elísio Medrado, no Vale do Jiquiriçá, “não engrossou fileiras” de muitos produtores que ficam atrelados ao “reducionismo geográfico”. Ou seja, preso às convicções de que o “seu mundo” estaria “restrito apenas ao horizonte percorrido por seus olhos”. Mais que isso, deu asas a sua intuição: buscar algo a mais a partir da linha do horizonte.

Nessa trajetória de vida, chegou a exercer atividades laborativas nos estados de Mato Grosso e São Paulo, onde desenvolveu trabalhos voltados à preservação ambiental. “Sempre pensei em desenvolver ações de proteção à natureza…ela que nos concede mas que, também, precisa de proteção…!”, acentua. Para ele, não há diferença entre estar diante das câmeras, dos holofotes, como empunhando uma enxada, um facão ou um pincel. Sempre alimenta a rainha das virtudes: a humildade. 

ESTACAS DE BORRACHA

Dando asas a esse pensamento construtivista, é que teve a ideia de fabricar estacas sustentáveis, fabricadas com utilização materiais,a princípio (para muitos), “inservíveis” a exemplo de pneus usados, plástico, tubos de PVC, óleo queimado e resina de fibra, produtos que hoje são descartados na natureza promovendo o aumento da degradação ambiental.  Produtos geralmente encontrados nos lixões dos centros urbanos.

Consubstanciado nessa premissa é que registrou a patente para produção desses equipamentos, objetivando utilização na confecção de cercas, contribuindo, por conseguinte, para a preservação ambiental, no momento em que madeiras deixariam de ser  utilizadas, evitando-se, dessa forma, o desmatamento. 

VENDA DA PATENTE

Como diz o jargão popular de que quando uma porta se fecha, outra se abre, o humilde empresário não baixou a cabeça. Longe disso, dirigiu-se à Amazônia. Lá, a ideia foi, também, explanada e muito bem aceita. 

Graças à pujança da iniciativa, Edenilton conseguiu vender a patente para fabricação das estacas orgânicas a um empresário de Alto Paraíso, em Rondônia. De conformidade com informações, após o transcurso da pandemia do coronavírus, a unidade de processamento deverá entrar em funcionamento. Fica, aí, portanto, a lição de que ideias, quando irrigadas, com certeza, florescem. 

LOGÍSTICA OPERACIONAL E REALCE ÀS PARCERIAS

Diante do surgimento da ideia de fabricação de estacas de borracha, o agricultor e empresário tentou, junto à  diversas prefeituras da região e do Estado, as tão propaladas parcerias público-privadas: todas em vão. 

Várias apresentações foram feitas, em seminários, em palestras, eventos de cunho ambientais. Em todas elas, elogios, não apenas às explanações mas, também, à ideia que tinha por escopo, a preservação do meio ambiente e geração de emprego e renda.  Por outro lado, infelizmente, as tão propaladas parcerias não saíram do papel, ou melhor, das intenções. 

“Tentei várias parcerias. Nenhuma foi efetivamente, abraçada. O importante é que não perdi o estímulo nem cruzei os braços. Tenho tenho certeza de que elas são importantes e vão acontecer, junto àqueles que pensam de forma construtivista”, acredita Adenilton.