Nova York decide manter escolas fechadas pelo resto do ano letivo, em meio à expansão de casos de coronavírus

O ano letivo nos EUA é diferente do Brasil: lá, ele termina entre maio e junho, quando começam as férias de verão.

O prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, afirmou neste sábado (11) que as escolas públicas municipais permanecerão fechadas pelo resto do ano letivo, enquanto a cidade enfrenta o surto do novo coronavírus, segundo a agência de notícias Reuters.

O ano letivo nos EUA é diferente do Brasil: lá, ele termina entre maio e junho, quando começam as férias de verão. No Brasil, geralmente termina em dezembro. Este ano, o presidente Jair Bolsonaro suspendeu a obrigatoriedade de dias mínimos do ano letivo, mas manteve a carga horária mínima para aprendizagem.

De Blasio ordenou que as escolas públicas fechassem no início de 16 de março para conter a propagação da doença, com o objetivo inicial de reabrir em 20 de abril. Mas, segundo o prefeito, logo ficou claro que o objetivo da data era irrealista, pois a cidade se tornou o epicentro do coronavírus dos EUA.

“Ter que dizer que não podemos trazer nossas escolas de volta para o restante deste ano letivo é doloroso, mas também posso dizer que é a coisa certa a se fazer”, afirmou Bill de Blasio, em entrevista coletiva. 

Coronavírus nos EUA

Com 500.399, os Estados Unidos chegaram a mais de meio milhão de casos de coronavírus nesta sexta-feira (10) e também estão prestes a se tornar o país com mais mortes causadas pela Covid-19 em todo o mundo.

Segundo a universidade Johns Hopkins, já foram registrados 18.693 óbitos no país, apenas 156 a menos do que a Itália.

As escolas do Brasil em meio à pandemia

As escolas do Brasil não vão precisar cumprir o mínimo de dias letivos este ano, mas deverão manter a carga horária mínima para aprendizagem. Uma medida provisória publicada em 1º de abril oficializou o que as instituições de ensino já sabiam: não haverá tempo para retomar as aulas perdidas devido ao isolamento social.

Para tentar manter o ensino em tempos de pandemia, as redes públicas estaduais estão adotando plataformas online e aulas na TV aberta para levar conteúdo aos estudantes. O avanço nas ferramentas de educação deverá permanecer e complementar a aprendizagem após o fim da pandemia.

“Não há dúvidas de que haverá perdas na aprendizagem, se comparado ao período normal, sem pandemia. Mas cabe o compromisso a cada secretaria de educação de pensar nesse retorno dos estudantes para resgatar o que foi perdido”, afirma Cecilia Motta, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e secretária de educação do Mato Grosso do Sul.