Professores e ambulantes se uniram em protesto na manhã desta terça-feira, 22, na avenida Senhor dos Passos, em Feira de Santana (a 109 km de Salvador). Por parte dos docentes, o ato foi motivado por uma suposta redução salarial da categoria. Já o os vendedores se manifestaram pela retirada das suas barracas das ruas do centro do município.
Segundo informações da Prefeitura de Feira, menos de 50 pessoas, incluindo candidatos a vereadores, participaram do protesto. Eles queimaram pneus e materiais de madeira, e bloquearam uma faixa da avenida Getúlio Vargas, no lado inverso ao prédio da prefeitura, via considerada uma das principais da cidade.
Ainda conforme o órgão, o repórter da Rádio Sociedade News, Ney Silva, foi hostilizado e quase agredido fisicamente por um grupo, que se identificou como camelôs, ao tentar registrar o ato. Ao Blog do Velame, a Associação Feirense dos Vendedores Ambulantes (AFVA) disse que não compactua com as agressões ao profissional de imprensa e que também não incentivou a queima de pneus.
Prefeitura critica
A prefeitura de Feira de Santana classificou o ato como “lamentável” e disse que a ação acabou causando prejuízos aos cofres públicos pois o piso da avenida foi comprometido pelo fogo.
Sobre o posicionamento dos professores, o órgão diz que os manifestantes da APLB Sindicato protestaram contra um “corte de salários que não existe” e que “o governo suspendeu o pagamento de horas extras e do deslocamento de professores para a zona rural, porque as aulas estão suspensas pela pandemia”.
Com relação a situação dos ambulantes, a prefeitura disse que conseguiu, pela segunda vez, liminar na Justiça para transferir as barracas do centro da cidade para o Cidade das Compras, centro comercial popular aberto ao público na segunda-feira, 21. De acordo com o poder municipal, dos 1.800 ambulantes e barraqueiros cadastrados há mais de três anos, 1.400 concordaram com a mudança e 52 barracas já foram retiradas do centro da cidade.