O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta sexta-feira, 26, que a medida do governo federal para reduzir o preço de automóveis não será um programa de longo prazo, mas servirá para conter o fechamento de fábricas de carros.
“Estou falando de um programa que vai durar de três a quatro meses, não de uma coisa estrutural, mas que pode segurar o fechamento de plantas nessa transição. Você segura a onda no momento que está difícil para o setor”, explicou Haddad durante entrevista à GloboNews. “É um programa tópico, de alguns meses nesse ano, e tenho certeza de que vamos retomar o financiamento [para compra de veículos] com o ciclo de queda da taxa de juros”.
Anunciado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) na quinta-feira, 25, sem dar muito detalhes, o pacote prevê a redução do IPI e do PIS/Cofins para automóveis de até R$ 120 mil e que deve resultar em descontos de até 10,79%. A previsão é que a medida vai gerar renúncia fiscal de R$ 500 milhões, de acordo com o colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles.
O mesmo colunista diz que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e líderes de partidos do Centrão na Casa não gostaram da iniciativa do governo, pelo motivo de a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não ter combinado sobre a proposta com o Congresso e, além do mais, representa um contrassenso, por ser anunciada um dia após os deputados federais terem aprovado a nova meta fiscal.
Fernando Haddad, disse que, no futuro, com a queda da taxa de juros o financiamento para a compra de veículos será retomado –