terça-feira, abril 30, 2024
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Partidos nanicos mostram pouca musculatura em busca de resultados significativos nas eleições

Por ANTONIO MASCARENHAS

A Constituição Federal de 1988 abriu espaço ao pluripartidarismo, possibilitando, por conseguinte, a participação de diversas siglas partidárias nos diversos pleitos eleitorais. Até então, a existência do bipartidarismo, integrado pelas siglas ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro). 

A Constituição em epígrafe, batizada como “cidadã, trazia no seu bojo  a ideia de propiciar a população brasileira a oportunidade da população dispor de um leque de partidos, “libertando-a”, por conseguinte, das algemas do bipartidarismo. 

SURGIMENTO DE DIVERSAS SIGLAS PARTIDÁRIAS

Diante dessa abertura, diversas conjunturas políticas criaram dezenas de partidos,  dentre eles, o PT, PSDB, MDB, PSD, PSC, PRB, PCB, PCO, PHS, PMN, PRB, PRP, PRTB, PSC, PSDC, PSL, PSOL, PSTU, PTC, PL, PRN, PTdoB, Podemos, Cidadania e PTN. Todas eles, levantando suas “bandeiras ideológicas”, com promessas de atuações diferenciadas, em prol da sociedade brasileira. Algumas dessas siglas abrigando, por exemplo os partidários do baixo clero. 

Em 2019, o PRP (Partido Republicano Progressista) foi incorporado ao Patriota, o PPL (Partido Pátria Livre) ao PC do B (Partido Comunista do Brasil) e o PHS (Partido Humanista da Solidariedade) ao Podemos, o único deste grupo que, sozinho, já havia superado a cláusula de barreira.

Acontece que, na prática, pleito após pleito eleitoral, vários partidos acabaram servindo de massa de manobra para fortalecimento de coligações, sejam as majoritárias (poder executivo), sejam as proporcionais, no âmbito do legislativo (deputados federais e estaduais e vereadores). Muitas dessas siglas acabaram se fundindo, buscando “renovação” perante seu eleitorado. O MDB virou PMSDB e, logo após, MDB. O PFL virou DEM (Democratas). 

BARGANHAS ELEITORAIS 

Se, por um lado, a “democracia” deu asas ao pluripartidarismo, do outro, ensejou a possibilidade de barganhas entre as siglas, através de coligações, objetivando apoios necessários ao sucesso nas urnas.

Barganhas sempre direcionadas aos partidos que, nas diversas esferas de governo, são detentoras de poder caracterizado por maior fatia do fundo eleitoral e cargos importantes. Graças a essa “musculatura” é que grandes partidos sempre exploraram aqueles que, no “mitiê” são tachados por “nanincos”. 

Essas práticas, infelizmente, acontecem, ainda, em diversos rincões do país, não sendo diferente na Bahia, no recôncavo e Santo Antonio de Jesus. 

FIM DAS COLIGAÇÕES PROPORCIONAIS LEVA PARTIDOS NANICOS A GRANDE DESAFIO

Com o fim das coligações proporcionais (vereadores), candidatos dos partidos maiores não mais serão beneficiados pela votação dos candidatos com menores percentuais de votos. Candidatos terão que mostrar, nas urnas, votações que possam levá-los aos primeiros lugares.

Para tanto, cada partido precisa, inicialmente, atingir o percentual mínimo de votos para, daí, tentar eleger um ou mais candidatos. Em não atingindo o coeficiente mínimo, nenhum candidato será eleito por determinada sigla partidária. Serão válidos, apenas, os votos canalizados à majoritária. 

TODOS CANDIDATOS ACREDITAM EM ELEIÇÃO

Cada candidato acha que, graças ao fato de ter amigos,  de ser conhecido,  de ter realizado determinados favores e graças ao fato de ter realizando determinadas funções em determinadas repartições públicas ou particulares, terá o número suficiente de votos a sua eleição. 

Pode, até, acontecer, todavia, não é uma regra. Como diz o velho jargão popular “o buraco é mais embaixo”. Determinados votos são motivados por uma ou mais características acima elencadas. Acontece que afora isso, há, ainda, os que votam à luz da abominável escambo pecuniário. 

CHAPAS NANICAS

Em diversas unidades da federação, acontecem disputas com participação de mais de dois candidatos em igualdade de condições, no que concerne ao contingente de intenções de votos. 

Mas, em Santo Antonio de Jesus, vai eleição, vem eleição, definições acabam descambando à polarização,  capitaneada pelos grupos Jacu, de uma lado e Beijaflor, do outro.  O grupo do Jacu com uma única candidatura e o grupo de oposição integrado pelos candidatos Genival Deolino (PSDB), Everaldo Júnior (PDT), Lia Barroso, Hendrix, levantando a bandeira de oposição, todavia, trilhando caminhos diferentes.

Afora as chapas da situação, que dispõe de uma força logística inquestionável e a encabeçada pelo candidato Genival (reunindo fatia significativa do empresariado), as demais podem ser tachadas, convenhamos, como nanicas.

Resta saber quais as que, de fato, manterão suas baionetas erguidas, na  batalha em busca dos votos. Na verdade, o tiro pode sair pela culatra: votações pequenas acabam provocando desgastes irreparáveis, na medida em que os participantes são, inexoravelmente, criticados pela performance nas urnas. 

Nesse contexto, nessa linha ideológica, em busca de “sobrevivência”, seria de bom alvitre que algumas delas pudessem se aglutinar àquela que, à luz de pesquisas, tenha condições reais de sucesso nas urnas. Foto divulgação. 

Ademais, uma saída à francesa é o caminho trilhado em muitos estados, tecndo como contrapartida, a conquista de secretarias e outros cargos no seio da administração cujo candidato seja o vencedor. 

 

 

 

 

 

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