Por ANTONIO MASCARENHAS
Infelizmente, na Brasil e, até, em outros rincões do planeta, muitos “religiosos” levantam bandeiras “ideológicas” no âmbito da religiosidade. Bandeiras que são desfraldadas, na verdade, para atender interesses, quase sempre, individuais. E isso acontece em todos os segmentos religiosos.
Tudo isso praticado com a utilização, em vão, do nome de Deus. A habilidade demonstrada para a conquista de seguidores é tão eficaz que, até pessoas mais esclarecidas, acabam se seduzindo diante das propostas miraculosas, de cura, de enriquecimento, de alcance de graças.
E essa prática está enraizada no seio da sociedade. Muitas pessoas se deixam enganar porque só enxergam as mensagens proferidas por falsos religiosos que, empunhando a bíblia, mostram destreza na “arte de persuasão”.
Obviamente, em que pese “essa dissonância”, não devemos pensar que todos religiosos estejam inseridos nesse contexto: felizmente, não. Milhares e milhares de igrejas (nas suas diversas vertentes) são dirigidas por pastores, por padres, no âmbitos de suas dioceses, de suas congregações, de maneira decente e confiável.
CASO FLORDÉLIS
Pairam sobre a pastora e deputada federal Flordélis fortes acusações sobre o envolvimento da parlamentar na morte de seu marido. Como deputada, tem foro privilegiado. Em sendo provada sua culpa, será necessário a deflagração de um “impeachment” para que a justiça autorize sua prisão.
Informações recentes dão conta de que um dos filhos adotivos da deputada federal chegou a afirmar, em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro, que a parlamentar e pastora evangélica também oferecia mulheres da casa a pastores de outros países. A informação foi divulgada pela GloboNews. O filho adotivo de Flordélis ainda afirmou ter tido encontros sexuais com a deputada.
Flordelis é acusada de ordenar a execução do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto com 30 tiros em 2019. O MPRJ também suspeita que ela teria tentado matá-lo por envenenamento.
JOÃO DE DEUS
Caso emblemático também, o de João de Deus que se utilizava da religiosidade, da fé, da esperança, da ansiedade das pessoas, para o cometimento de crimes (dentre eles, os de cunho sexuais).
Preso, veio à tona toda uma onda de crimes. Mas até quando milhões de pessoas, em todo o mundo, deixarão de acreditar nesses “picaretas” que debocham da fé das pessoas. Cabe aos religiosos sérios, também, pressionarem os parlamentares para emendas constitucionais que, em sendo adotadas, sejam “castradas”, desde o nascedouro, a inserção desses criminosos no seio da religiosidade.
O MERCADO DA FÉ
“Ter fé em Deus é acreditar na sua existência e na sua onisciência. A fé é também sinônimo de religião ou culto. Por exemplo, quando falamos da fé cristã ou da fé islâmica. … “Fazer fé“: acreditar em alguém ou em algum ato; ter esperança.”
Todos temos, dentro de nós, a fé em Deus, a esperança que tudo possa dar certo em nossas vidas. Essa premissa é que é passada pelos verdadeiros líderes religiosos. Acontece que, por conta dos dispositivos constitucionais que preconiza a liberdade de culto, além das religiões tradicionais, as seitas, etc.
Acontece que a coisa banalizou. Alguns bandidos se “convertem” e viram “pastores”. Detentores desse poder, dessa condição, alguns acabam adentrando à criminalidade. Por conta disso, far-se-ia necessário, na nossa concepção, uma triagem a partir de mudança s constitucionais. Caso contrário, infelizmente, casos como esse de Flordélis continuarão acontecendo. Foto reprodução.