Na defesa do emprego e contra a demissão de mais de 1.100 bancários do Santander em plena pandemia de Covid-19, a mobilização tomou conta das agências do banco de Norte a Sul do Brasil, nesta quinta-feira (24/09). Além dos protestos nas agências, teve também ações nas redes sociais, com a hashtag #SantanderPareasDemissoes contra o desrespeito e indiferença da empresa.
O Sindicato da Bahia e Federação da Bahia e Sergipe participaram ativamente do Dia Nacional de Luta no Santander. O ato foi realizado na porta da unidade das Mercês, em Salvador, onde diretores alertaram que, além de demitir funcionários depois de firmar compromisso com o movimento sindical, o banco espanhol encerrou a atividade de mais de 90 agências em um ano. A intenção é dar um basta ao processo de demissão.
O trabalho dos bancários no Brasil, que sofrem com sobrecarga, adoecimento, pressão por venda durante a crise sanitária, rende 32% do lucro mundial do Santander (R$ 5,989 bilhões no primeiro semestre de 2020), o que torna a atitude de carrasco injustificável. Na pandemia, demite empregados sob a alegação de não cumprimento de metas, coloca para fora gestantes e substitui departamentos inteiros por terceirizados.
Enquanto a diretoria executiva da empresa espanhola recebe R$ 9,4 milhões, valor médio pago ao alto escalão em 2019, o Santander persegue empregados brasileiros que acionam a Justiça atrás dos direitos. É o caso dos funcionários que entraram com ação para receber a 7ª e 8ª horas e podem ter a remuneração reduzida pelo banco.