O pedreiro de 49 anos que teve larvas identificadas na cabeça em Praia Grande, no litoral de São Paulo, já retirou mais de 100 parasitas e está quase recuperado, segundo informou a esposa dele ao G1 neste sábado (1º). Evaldo Araújo Chaves está realizando o final do tratamento em São Paulo e os ferimentos causados pelas larvas já estão em fase de cicatrização.
Imagens enviadas pela esposa do pedreiro, Quesia Andrade Alves, de 25 anos, mostram algumas das larvas retiradas pelos profissionais que estão acompanhando Evaldo atualmente. De acordo com ela, ele permanecerá pelo menos até a próxima segunda-feira (3) indo ao posto de saúde São Bento, onde está sendo acompanhado com duas consultas diárias, pela manhã e pela tarde.
Após essa data, ele saberá se todas as larvas foram retiradas e se pode voltar para casa. “Ainda bem que estão o atendendo muito bem em São Paulo, porque aqui em Praia Grande não prestaram a assistência que devia. Aqui não tivemos ajuda”, reclama Quesia.
Segundo a esposa, Evaldo relatou que já não sente mais dores. “Nesta sexta-feira já não encontraram mais nenhum bicho na cabeça dele, graças a Deus. Os buracos que as larvas abriram na cabeça dele já estão até fechando. Eles estão passando um remédio interno e uma pomada”, acrescenta.
Conforme explicou o neurocirurgião João Luis Cabral, a larva (chamada ‘berne’) não é comum na cidade, e sim em regiões de agropecuária, onde há mais bovinos e equinos. De acordo com ele, essa larva é transportada pela mosca, que ao pousar em cima de um animal infectado, carrega o parasita até a ferida aberta do ser humano e a transmite.
Quesia afirma que a mudança do tratamento fez toda a diferença para melhora do marido. “Eles foram uns anjos na forma que o trataram e retiraram as larvas. Ainda bem que fomos atrás de atendimento lá. Desde o começo do tratamento já foram retiradas mais de 100 larvas. Cada dia que ele estava no médico, era um pouco. Agora só esperamos que ele fique totalmente bem para voltar para casa”, finaliza.
Pedreiro identificou larvas comendo a cabeça dele em Praia Grande, SP — Foto: Reprodução/Praia Grande Mil Grau
Relembre o caso
O pedreiro de 49 anos teve larvas identificadas na cabeça e já estava com os parasitas desde a semana passada, relatando sentir fortes dores. Ele chegou a receber atendimento em hospitais públicos da cidade, mas afirmou que os ferimentos pioraram nos últimos dias. Agora, ele passa por tratamento em São Paulo.
A família percebeu que Evaldo estava com larvas na cabeça no fim da semana passada, quando ele deitou no colo da esposa e ela percebeu as larvas andando na cabeça dele. Inicialmente, ele passou por atendimento em São Paulo, cidade em que a irmã mora e que ele estava quando notou os parasitas.
Uma quantidade foi retirada manualmente, com pinça, e os médicos afirmaram que não havia mais larvas, porém, ao retornar ao hospital, ele foi informado que ainda haviam parasitas em sua cabeça.
O casal retornou para Praia Grande e Evaldo foi atendido no Hospital Irmã Dulce, onde segundo Quesia foi feito apenas um curativo. Em seguida foram para UPA de Santos, sendo retiradas 25 larvas de uma só vez da cabeça dele. A família acreditou que já haviam saído todos os parasitas, mas, quando Evaldo foi fazer o curativo já no domingo (26), no Pronto Socorro Quietude, os enfermeiros afirmaram que ainda haviam larvas em sua cabeça. Foto: Reprodução/Praia Grande Mil Grau. Globo