sábado, maio 18, 2024
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Falha de manutenção levou à queda de helicóptero que matou Boechat, mostra relatório

Uma série de falhas de manutenção levou à queda do helicóptero que matou o jornalista Ricardo Boechat em fevereiro de 2019, segundo um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), divulgado nesta quinta-feira, 29.

No acidente, morreu também o piloto Ronaldo Quattrucci, de 56 anos. A conclusão do Cenipa é que houve uma falha no compressor, um dos itens mais importantes da turbina, o equipamento que pressuriza o ar para jogar na câmara, onde ocorre a queima de combustível.

O piloto, segundo órgão, tomou atitudes consideradas erradas durante a operação do helicóptero. De acordo com o relatório, ele não verificou se os instrumentos de bordo estavam funcionando perfeitamente. Suas atitudes durante o voo também contribuíram para o acidente, segundo a FAB.

No dia do acidente, o piloto chegou a ver uma luz no painel que poderia comunicar algum problema, voou até uma oficina próxima a Campinas e ouviu do mecânico que o helicóptero precisaria ser desmontado.

Conforme informações da emissora Band, ele também barrou que isso fosse feito, disse que cuidaria disso depois, retornou ao local onde estava Boechat e, em um procedimento considerado absolutamente atípico pelos técnicos, desceu da aeronave com as hélices em funcionamento e conduziu o jornalista para o helicóptero.

Em 11 de fevereiro do ano passado, os dois decolaram de Campinas, no interior paulista, onde Boechat participou de um evento, e seguiram para São Paulo. Em 2017, o helicóptero havia sido proibido de voar porque a vistoria do compressor estava vencida.

Além dessa investigação, existe uma apuração na Polícia Civil, que corre em sigilo, sobre quem são os responsáveis pelo acidente.

 
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