Empresário idealizador da estaca de borracha deslancha no fabrico de adubo orgânico: ELÍSIO MEDRADO

Por ANTONIO MASCARENHAS

Os grandes inventos emergiram daqueles que, no decorrer da história, chegaram a ser tachados como loucos. Graças à impetuosidade deles é que Thomas Edison deixou um legado de contribuições à humanidade, especialmente para o  desenvolvimento tecnológico e científico, incluindo, aí,  a lâmpada elétrica incandescente,  o fonógrafo, o cinescópio, o microfone de grânulos de carvão para o  telefone. Edison foi um dos precursores da revolução tecnológica do século XX. Teve, também, um papel determinante na indústria do cinema. 

Alexander Graham Bell foi um cientista, inventor e fonoaudiólogo britânico norte-americano, fundador da Bell Telephone Companhy,  empresa protagonista dos primeiros passos da implantação do telefone como meio de comunicação de massas à escala internacional. Dentre tantos outros “malucos”, o nosso Santos Dumont foi o inventor do avião. 

Em de lá para cá, muitos outros inventos e, mais que isso, milhares de iniciativas que acabaram por dar asas ao empreendedorismo, nas diversas vertentes. 

ESTACAS DE BORRACHA

Para não fugir a  regra, saiu daqui da região, em especial de Elísio Medrado, a invenção da estaca de borracha, numa iniciativa do agricultor e, hoje empresário, Adenilton Francisco da Silva, proprietário da Fazenda Arco Verde, sediada nesse município do Vale do Jiquriçá-Ba. 

Com a patente registrada junto ao INPE, ele praticamente nem chegou a produzir estacas em grande escala, na Bahia, vez que a novidade, ao ser vista com grande entusiasmo por empresários de Rondônia, foi a eles vendida. 

VOCAÇÃO PELO EMPREENDEDORIMSO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Ao contrário de parte significativa de políticos que em palestras, seminários, conferências demonstram “entusiasmo” pela causa ambiental, prometendo à população projetos, na maioria, falaciosos e que, na prática, nunca acontecem, ele, dá asas às ideias e, mais que isso, dá passos significativos para que elas sejam materializadas. 

Consubstanciado nessa premissa é que acaba de lançar um novo produto: o adubo orgânico que começa a ser produzido na fábrica sediada às margens da BA-026 (Varzedo-Amargosa)

 

BUSCA DE PARCERIAS

Adenilton, sabe, de cátedra, que parcerias com poderes públicos sempre são difíceis. Já procurou sensibilizar representantes de poderes executivo e legislativo em diversos municípios da Bahia e, até, em outros estados: mesmo assim, continua dando oportunidades a gestores municipais, contribuindo com palestras, reuniões, sempre em busca de alinhamento de ideias que tenham como pano de fundo a luta pela preservação ambiental e geração de emprego e renda.

Particularmente, sempre dissemos a ele: a maioria desses “caras” só querem aparecer, em reuniões, palestas e seminários. Mas ele ainda acredita. É bom acreditar…mas até quando? Caso ele não vendesse a patente da fabricação de estacas para a iniciativa privada, em Rondônia, até hoje estaria nessa “peregrinação”. 

ASSOCIATIVISMO

Aficionado pelo associativismo, Adenilton sempre procura, nessa sua luta de inclusão socioeconômica, dar espaço às associações comunitárias. Por conta desse intento, participou, na última segunda-feira, de uma reunião na ASCOMAP (Associação Comunitária de Apoio aos Produtores Rurais), no município de São Gonçalo. Ao seu lado, a também entusiasta Lúcia do Sindicato Rural de Santo Antonio de Jesus.

E nessa reunião, além de expor o projeto que já vem dando certo, Adenilton ouviu da presidente da ASCOMAP e outros integrantes, os propósitos dessa entidade que, por sua vez, interessou-se pelo projeto de produção de adubo orgânico, prometendo efetuar uma visita à fábrica da Arco Verde.