“AS DIFERENTES FASES DO CONFINAMENTO”: Médico Roberto Badaró alerta para fases do confinamento e importância da rotina

Especialista aponta que há recomendações para que as pessoas não enxerguem a quarentena como férias

O médico infectologista e pesquisador chefe do Instituto de Tecnologia em Saúde do Senai/ Cimatec Roberto Badaró alertou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (23), para as fases do confinamento, devido ao isolamento social recomendado durante a pandemia do coronavírus.

Ele cita a publicação de uma pesquisa feita na Itália, onde foram registrados 59138 casos, que mostra  que há, ao menos, 4 estágios.

PRIMEIRA FASE

“Estamos (no Brasil) vivendo a primeira fase, a primeira semana. As pessoas têm a sensação de que estão de férias e pensam que o coronavírus ajudou a ficar em casa um pouco, se arrumar, descansar, leva e sai.

SEGUNDA FASE

Na segunda semana, já é a fase de tédio. Você está vendo as pessoas começam a tentar se comunicar uma com a outra, canta da janela. Ficam usando muito o netflix e maneiras de se divertir”, descreveu.

TERCEIRA FASE

“Depois vem a terceira fase, que é a fase que já foi vivida na Italia, que é a fase do silêncio, de tristeza. Já não faz mais video engraçado e as pessoas perdem o desejo de fazer isso. E começam a perder a motivação. Falta de motivação não é depressão. As pessoas já não vêem mais perspectiva. Não tem mais desejo, então é muito dificil”, completa.

QUARTA FASE

Badaró afirma que, a quarta semana, mais perigosa, é a fase da incerteza, quando as pessoas começam a ficar deprimidas e ansiosas.  Para combater esses efeitos, o especialista aponta que há recomendações, para que as pessoas mantenham rotinas e não enxerguem a quarentena como férias.

SUGESTÃO

“Manter um horário. Quem tem seus filhos, tem que fazer uma rotina séria. Tem que acordar 8h, não acordar 11h, para poder começar a fazer o dever de casa, fazer as atividades que o professor está enviando. Ter horario para ver televisão, Netflix, essas coisas. Ter um projeto de trabalho para as pesssoas que são ativas no trabalho. Tem que reinventar e buscar algo”, ensina.

Ele destaca ainda que aqueles que tem doenças mentais e nervosas, que precisam da assistência de psicólogo e psiquiatra, precisam estabelecer um mecanismo de contato os profissionais de saúde, por meio da telemedicina. Pré-título, aspeado e inserção de subtítulos, Tvsaj. Foto : Matheus Simoni/ Metropress. Matéria, Bahia Notícias.