Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em 2019, a taxa média de desemprego fechou 2019 em queda em 16 estados, mas os maiores percentuais foram observados no Amapá (17,4%) e na Bahia (17,2%). Em Salvador a taxa de desocupação se manteve estável (16,0%) e caiu na RMS (17,6%).
A menor taxa média anual de desemprego ficou com Santa Catarina: 6,1%. Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso aparecem em seguida, todos com 8%.
Segundo a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy, o aumento do emprego no país é puxado pelo crescimento da informalidade. “Em vários estados a gente observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada. No Brasil, do acréscimo de 1,819 milhão de pessoas ocupadas, um milhão é de pessoas na condição de trabalhador informal”, diz.
A população ocupada cresceu em 23 unidades da federação. Apesar da queda da taxa de desemprego e da ocupação, 20 estados tiveram taxa recorde de informalidade, isto é, os empregados sem carteira, os trabalhadores por conta própria sem CNPJ (cadastro nacional de pessoas jurídicas) e os familiares auxiliares. A maior taxa foi anotada no Pará (62,4%), bem acima da média brasileira (41,1%). Hoje há no país 12,6 milhões de desempregados.
Na Bahia
Segundo a Pnad-C, a taxa de desocupação na Bahia foi a maior desde 2012 e a segunda mais elevada do país, onde o indicador fechou 2019 em 11,9%. Salvador fechou o ano com taxa de desocupação de 16,0%, praticamente repetindo a de 2018 (16,1%), e sobe mais ainda no ranking de desocupação entre as capitais (do 7º para o 3º lugar, empatada com São Luís/MA).
Em contrapartida, a RM Salvador mostrou queda na taxa de desocupação, de 18,8% em 2018 para 17,6% em 2019. Ainda assim, manteve-se com a 2ª maior desocupação entre as regiões metropolitanas pesquisadas na Pnad – Contínua, do IBGE
Em 2019, o número de pessoas desocupadas (procurando trabalho) na Bahia cresceu e chegou a maior patamar desde 2012 (1,202 milhão). O número de trabalhadores com carteira assinada parou de cair e teve leve aumento no estado, em 2019 (+0,2% ou mais três mil pessoas), mas informalidade é a maior desde 2016, atingindo 54,7%, ou cerca de 3,2 milhões de pessoas.
No ano passado, na Bahia, o número de trabalhadores cresceu mais na administração pública (+54 mil) e tem maior queda no comércio (-22 mil). Comparando 2018 e 2019, o rendimento médio dos trabalhadores caiu no estado (-2,8%), na capital (-4,5%) e na região metropolitana (-5,2%).
A leve variação para cima na taxa de desocupação da Bahia em 2019 foi resultado, sobretudo, de um aumento da procura por trabalho mais expressivo que o aumento do número de pessoas trabalhando.
Em 2019 o número de pessoas procurando trabalho (desocupadas) cresceu 2,3%, chegando a 1,202 milhão de pessoas, ante 1,176 milhão em 2018. Isso representou mais cerca de 26 mil pessoas na fila da desocupação em um ano.
No ano passado, o número de desocupados no estado voltou a crescer, após ter apresentado leve recuo na passagem de 2017 para 2018, e chegou ao seu maior patamar na série histórica da Pnad – Contínua (iniciada em 2012). Também está 66,9% maior que o total de desocupados em 2014, antes da crise, quando havia 720 mil pessoas procurando trabalho na Bahia. Também houve em 2019 um aumento do número de pessoas trabalhando (população ocupada), que não foi, porém, suficiente para fazer a taxa de desocupação recuar.
O contingente de trabalhadores chegou a 5,785 milhões de pessoas no ano passado, na Bahia, 0,8% superior a 2018.Pré-título, aspeado, tvsaj.com.br. Matéria, A Tarde.