quinta-feira, novembro 21, 2024
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Permissividade no combate à Covid-19 robusteceu o “efeito bumerangue” e acabou chancelando o jargão “calça de veludo, bumbum de fora”

Por ANTONIO MASCARENHAS

Muita coisa errada vem acontecendo em todo o país, desde o inicio da pandemia, principalmente, por parte do poder público e, em especial, na alçada do governo federal. Desde o momento em que se tratou a doença como “mera gripezinha”, passando pelas sucessivas trocas de ministros, bem como as demonstrações públicas de que o uso da máscara era mera formalidade. 

Os meses se passaram e o número de mortes vem aumentado de forma significativa. Crise na área econômica e, mais ainda, acefalia administrativa no tocante a adoção de medidas tempestivas e eficazes de forma conjunta, evitando-se, assim, que milhões de vidas que foram ceifadas de forma prematura. 

No iníicoi da pandemia, em todo mundo, dificuldades em face do enfrentamento de um inimigo invisível, sem que houvesse todo um aparato (máscaras, álcool gel, luvas, leitos, UTIs, etc). Naquele momento, até se poderia “aceitar” a condição de ineficácia no enfrentamento em epígrafe. 

EFEITO SANFONA

Acontece que, no decorrer dessa trajetória, barreiras foram concretizadas, comércio foi fechado em milhares de municípios,  e, alguns estados e em outros países, até “lockdown”. Tudo isso, em face da não existência de uma vacina que pudesse a curto prazo, dar um freio nessa “avalanche”.

Na contramão dessa história, enquanto se fechava o comércio, as aglomerações aconteciam ( e ainda acontecem), nos bairros, nas festinhas, etc. Ou seja, a materialização inequívoca do tão propalado jargão: “calça de veludo, bumbum de fora”

CARNAVAL

O número de mortes aumenta de forma geométrica, em que pese a chegada da vacina (não dá para vacinar todo mundo de vez, ademais, não há número suficiente dos insumos). Em contrapartida, feriado do carnaval foi mantido. Não se teve o carnaval presencial, todavia, as pessoas aglomeraram-se nas praias, nos condomínios, etc.

O pior é que a “conta”, infelizmente, aparece de 10 a 15 dias depois: mais infectados. Todos gostamos desse evento cultural, todavia, diante dessa pandemia, assim como não aconteceram os desfiles, as concentrações diante dos trios, que os feriados, também fossem extintos, no ano em curso. 

REFLEXÕES

Nesse contexto, não é preciso que sejamos catedráticos no assunto. Em que pese o fato de sermos leigos, nessa esfera, não entendemos com permissividades dessa magnitude possam continuar permeando a política brasileira que permanece insensível a momentos tão delicados como esse que ora enfrenta a população  brasileira. 

Se a facilidade na aquisição de armas não precisa de um plebiscito, ou seja, de um referendo popular, a mesma postura deveria ser adotada com relação a ações que evitem, de fato, aglomerações nesse momento. Obviamente, cada um tem sua opinião. Mas, convenhamos, discussões dessa magnitude, não deveriam envolver embates entre paixões partidárias. Acima de tudo, o interesse da população. 

O que não podemos conceber é que se dê amém a tudo porque, dessa forma, estaremos, todos, sendo complacentes  diante de situações que nos deixam, cada vez mais, enclausurados às amarras de concepções estapafúrdias que, por falta de coerência, deixam-nos atados  ao reducionismo existencial, dando, por conseguinte, uma demonstração cabal, irrefutável de retrocesso. Imagem, Universidade Unit

 

 

 

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