O dia 6 de janeiro de 2024 era para ser mais uma dia de trajeto normal de Edmar Santos para o trabalho, mas se tornou uma ida sem volta para casa após ele ser imobilizados por agentes da CCR Metrô Bahia e, logo em seguida, perder a vida.
“No dia 6 de janeiro o Edmar Santos estava indo para o trabalho e aparentemente houve uma confusão lá na CCR Metrô. Os seguranças foram conter ele e usaram um força extensiva e uma certa truculência ao leva-lo ao solo. Um dos seguranças colocou o joelho no pescoço dele e o outro colocou nas costas, o algemando. Mesmo sem ele ter mais nenhuma reação, um dos seguranças continuou fazendo uso da força. No próprio vida mostra ele sem se mexer, já aparentemente desmaiado e os agentes não tentaram de forma nenhuma reanima-lo naquele momento”, explicou o advogado.
Além disso, a família busca entender ainda o que houve com a vítima em seguida. Segundo a defesa, Edmar Santos foi levado para uma sala da CCR Metrô por volta de 6h e a partir de então, o corpo só foi ser encontrado às 18h no Instituto Médico Legal (IML). De acordo com o advogado que da família que também acompanha o caso, Pedro Fernandes, nenhum órgão entrou em contato para avisar da morte, apesar do porteiro estar com os documentos.
“A gente quer entender o que aconteceu. Ninguém avisou a família o que tinha acontecido, a gente nem sabe se ele chegou a morrer ainda na sala da CCR ou em um hospital, não sabemos para onde ele foi levado em seguida. O ofício que a Serviço de Atendimento médico de Urgência (Samu) diz que a possível motivação da morte foi por parada cardiorespiratória, por volta de 07h, mas não dá detalhes onde pegou o corpo dele ou para onde foi levado e o porquê de não ter comunicado. A família só foi saber do sumiço dele quando os chefes de Edson ligaram para a esposa dele informando que ele não chegou ao trabalho que. Os parentes começaram a buscá-lo em hospitais e só o encontrou à noite, no IML”, conta.
Ao Portal A TARDE, o Samu confirmou o chamado, afirmando que “uma equipe de saúde fez manobras de reanimação, mas não conseguiu salvar o paciente”. No entanto, por conta da lei de proteção de dados, LGPD, não podem dar mais detalhes do caso.
O que diz a CCR?
– O passageiro ingressou no terminal cambaleando e chega a cair ao chão, sendo ajudado por outras pessoas que estavam no local.
– Instantes depois, ele se envolve em uma briga com um vendedor ambulante dentro de um ônibus, sendo também agredido por terceiros.
– Ao constatar a confusão, os agentes de atendimento e segurança se dirigem ao local e contêm o passageiro, acionando, em seguida, a Polícia Militar e o SAMU
A CCR acrescentou ainda , por meio de nota, que “sobre os primeiros socorros, ao constatar que o passageiro tivera mal súbito, os agentes o conduziram para a sala de APS (atendimento de primeiros socorros), que conta com todos os equipamentos de reanimação e equipe treinada. No local, ele recebe atendimento até a chegada do SAMU. O SAMU é chamado enquanto o passageiro se encontrava em atendimento na sala de APS.
A Companhia instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias da ocorrência e os agentes já prestaram depoimento à polícia”, diz o comunicado. Polícia investiga o caso –