Tite não quis comentar a interação com o presidente da República, Jair Bolsonaro, na premiação da Copa América hoje no Estádio do Maracanã. O treinador da seleção brasileira classificou o tema como algo fora do futebol.

Vale lembrar que, em dezembro, o treinador disse que não concordava com a mistura de política com futebol ao ser questionado da presença do político no Allianz Parque para entregar o troféu ao Palmeiras.

“Fico tão envolvido no futebol e nas situações de campo… Sei que elas acontecem, mas meu foco, a minha educação é no que tenho de essência. Dentro de campo, ter a minha conduta, a minha ética. As outras situações são outras”, afirmou o treinador.

Depois do término da coletiva, Tite foi novamente questionado se tinha ficado constrangido por receber a medalha das mãos de Bolsonaro. Ele fugiu do tema novamente: “Não quero falar disso. É futebol. Por favor, vamos falar de futebol”.

Pouco antes disso, o treinador foi mais enfático ao criticar Lionel Messi. Depois de chamar o camisa 10 de E.T. elogiando o nível técnico apresentado por ele no jogo contra a Argentina, o comandante mostrou decepção com os comentários sobre a competição estar armada para o Brasil.

“Aquele que eu reputei como um jogador extraterrestre tem que ter um pouco mais de respeito e tem que entender e aceitar quando é vencido. Nós fomos prejudicados uma série de jogos, inclusive na Copa do Mundo. Então cuidado com que ele está falando. Ele colocou pressão muito grande pela grandeza que tem. Tem que ter um pouco de respeito. Jogamos limpo contra a Argentina o tempo todo”, disse o comandante.

“Eu quero entender como uma coisa de momento. Ele foi expulso de forma injusta, não merecia. Quem merecia era Medel. Mas cuidado. Tivemos que passar por cima de arbitragem hoje. Recebi perguntas de jogos. Fizemos um gol legal contra Venezuela, todos colocaram. Hoje, não foi pênalti do Thiago, temos que passar por cima. Calma, cuidado, respeito”, finalizou.

Por Danilo Lavieri, Léo Burla, Marcel Rizzo, Pedro Lopes e Rodrigo Mattos / UOL