Uma roda de conversa com a romancista, ensaísta e cronista, Júlia Grilo, sobre “Juventude, leitura e processo criativo”, marcou a tarde desta sexta-feira (18), na Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), no Recôncavo baiano. O encontro entre a escritora e o público aconteceu no palco Palavras Encantadas, no espaço da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), montado na Casa do Governo, na Fundação Casa Hansen Bahia.
“Espaços como esse são importantes para desmistificar um pouco a imagem do autor, tirá-lo de um pedestal e aproximá-lo do leitor. Ter sido convidada para cá é uma grande honra, porque significa que as portas estão sendo abertas e está se marcando um novo espaço”, destacou Júlia.
“Estou muito feliz por estar aqui, de trazer esses jovens para vivenciar esse momento que, muitas vezes, a gente encontra adolescentes que não tiveram essa possibilidade. Então, trazer essa realidade para eles, eu acho que enche o nosso coração de alegria”, contou a professora, e também escritora, Tânia Maria, do Colégio Estadual de Tempo Integral José Souza Machado, localizado na cidade de Central.
O objetivo da ação é promover a valorização da produção literária e o protagonismo de escritoras baianas, a partir do compartilhamento de suas vivências com a leitura e com o processo de escrita, de modo a inspirar o protagonismo de outras jovens nas artes literárias.
“Quando eu encontrei essa escritora, eu não conhecia ela. Mas, ela contou sobre ela. Eu fiquei mais interessado ainda pela leitura. Como eu não tinha muita afinidade com a leitura, agora eu percebi que ela abre muitas portas”, explicou o estudante Jerônimo Andrade, morador da cidade de Central.
Até este sábado (19), no espaço dedicado à SPM na Casa do Governo, serão distribuídas tatuagens e feita sensibilização sobre a ‘Campanha Oxe, me respeite!’ contra o abuso e à importunação sexual, com distribuição de material educativo e indicação de canais de denúncias, como Disque 180.
Para ampliar o alcance da iniciativa, foi criado o ‘Oxe, me Respeite nas escolas’. “Discutir essas pautas que são difíceis, de uma forma muito leve, de uma forma que a gente entende que a prevenção vem muito da educação, de educar uma nova geração para outra sociedade, uma sociedade mais livre de preconceitos”, explicou a assessora da SPM, Thais Fazzio.
Repórter: Anderson Oliveira/GOVBA