“Sou contra o toma lá, dá cá…” ACM Neto refuta especulações de que estaria negociando indicações de ministros ao governo Bolsonaro

Por ANTONIO MASCARENHAS

Indagado sobre a postura do Democratas no que concerne à eleição da Câmara e especulações acerca da suposta indicação do deputado federal João Roma ao Ministério das Cidades bem como sobre a suposta insatisfação de Rodrigo Maia (ex-presidente da egrégia casa legislativa federal, diante das postura do partido, ACM Neto, em entrevista, realizada nessa quinta-feira, em S.A.Jesus, não se utilizou de evasivas:

“Tudo isso tem a ver com a eleição do congresso, tanto da Câmara como do Senado. O Democratas saiu vitorioso nesse processo. Pelo 4o. biênio consecutivo conseguimos eleger o presidente de uma das casas do poder legislativo. O Democratas está longe de ter a maior bancada na Câmara. Está longe de ter  a maior bancada do Senado e comando  a Câmara de Deputados por mais de quatro anos e agora está caminhando para comandar o Senado Federal pelo 3o. ano consecutivo.  Isso é um grande feito político do partido. Isso mostra o peso, a importância a relevância política no contexto nacional’. 

“Em relação à Câmara dos Deputados, quero dizer aqui que sou presidente nacional do Democratas, mas eu não sou dono do partido. O Democrática não é um cartório. Existem partidos que são cartórios, partidos que têm donos. O Democratas tem diversas lideranças e todas elas são consideradas, ouvidas e todas elas tem seu peso na decisão partidária. A bancada federal estava dividida no processo da Câmara dos Deputados.

Diante de uma evidente divisão da bancada federal a executiva nacional do partido tomou a única decisão possível para garantir a unidade, a integridade da bancada que foi exatamente a de liberar os deputados para que cada um tomasse sua própria posição. Ou seja, nós  decidimos um posição neutralidade porque no processo da Câmara dos Deputados porque essa era a  única saída possível para manter a unidade do Democratas. 

Isso não tem nada a ver com qualquer tipo de diálogo ou entendimento com o governo (federal). É importante deixar claro que nunca tratei com o governo, nem com o presidente da república, nem com seus ministros, nem com nenhum líder no congresso, do governo, a respeito da eleição na Câmara dos Deputados.

Especulou-se pela imprensa, de maneira inadequada, indevida, e em alguns casos, mentirosos, de que eu estivesse negociando a indicação de ministros para o governo. Isso não existe”.

“Não admiti nem admitirei esse tipo de negociação.  Eu sou contra o toma lá dá cá. O Democratas não pode ser confundido com o “centrão”, pontuou. Fotos e imagens, Júlio Mascarenhas (tvnoticias24horas). Edição e texto, Antonio Mascarenhas (tvsaj.com.br)