Por ANTONIO MASCARENHAS
De conformidade com os noticiários, nesse mês de maio, a curva de infectados pelo novo coronavírus no Brasil está ascendente, e o que é pior, verticalizada. E isso é bastante preocupante, em se considerando a asfixia do sistema de saúde no que tange aos atendimentos.
Diante do colapso iminente, dada a falta de leitos e, principalmente, de UTIs (no Rio de Janeiro, por exemplo, a fila é bastante acentuada), a tendência é para um aumento vertiginoso no número de mortes em todo o país, inclusive, na Bahia.
Felizmente, ao contrário do que preconiza a presidência da república, os governadores e prefeitos, desde o início de abril empenhados para a contenção do vírus, com realização de barreiras sanitárias e distribuição de material como máscaras e álcool gel.
O grande entrave para o distanciamento social, é a necessidade do funcionamento do comércio. Em todo o país, a pressão é grande para que essa vertente seja mais flexibilizada.
A maioria quase que absoluta dos supermercados não instalaram barreiras de acrílico para proteção dos caixas, em que pese, agora, estarem usando máscaras. Os patrões não vão ao “front”, naturalmente. Empregados que se danem. É a história de sempre. O que importa para todos eles é o lucro.
Com a distribuição de máscaras e a realização de procedimentos sanitários recomendados pela Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde (e o ex-ministro Mandetta contribuiu muito para isso), assim como a atuação dos governadores, prefeitos (através de respectivas secretarias de saúde), já se observa um grande número de pessoas circulando, no dia a dia, com utilização de máscaras e utilização de álcool gel, nas casas comerciais, indústrias e instituições públicas.
Todos os países pecaram por não terem dado importância ao vírus que, desde janeiro, já vinha se disseminando na China. Dentre esses países, Brasil e Estados Unidos, cujos presidentes (Bolsonaro e Trump) tacharam a doença como “gripezinha”, debochando dessa avalanche que já trucidou milhares de vidas mundo afora. Bolsonaro que, diga-se de passagem, ao invés de se preocupar com a questão da saúde, evoca a politica para esse momento difícil de enfrentamento à saúde. Politica é, convenhamos, lá na frente.
Santo Antonio de Jesus
No caso especial de Santo Antonio de Jesus, felizmente, nenhum óbito oficialmente registrado. Por outro lado, observa-se no dia a dia, com o afrouxamento da quarentena, muitas pessoas nas filas de lotéricas, instituições bancárias, próximas umas das outras. Algumas delas, inclusive, sem uso de máscaras, desrespeitando as recomendações. Esquecem de que os sintomas só aparecem dois a três dias após o contágio.
Além das determinações emanadas da Prefeitura Municipal, seria, de bom alvitre, se possível, que houvesse alternância de dias e horários para segmentos específicos de atividades exercidas no comércio.
Com isso, haveria menos aglomerações, significando, por conseguinte, maior segurança aos clientes e funcionários das empresas em apreço. Uma alternativa que poderia ser adotada em outros municípios maiores, em todo o país.
Segmentos | 2a. Feira | 4a. Feira | 6a. Feira | |||
A1 | Manhã | Manhã | Manhã | |||
A2 | Tarde | Tarde | Tarde | |||
Segmentos | 3a. Feira | 5a. Feira | Sábado | |||
B1 | Manhã | Manhã | Manhã | |||
B2 | Tarde | Tarde | Manhã | |||
Segmentos | Todos os dias: 2 turnos | |||||
Essenciais |
Esse dilema, com fé em Deus, vai passar, todavia, é imperativo que todos colaborem. Mais importante que o lucro das empresas é a vida. E a vida não tem preço. Tabela e fotos, Antonio Mascarenhas (www.tvsaj.com.br)