Prisioneiro executado por asfixia com nitrogênio nos EUA

Método foi considerado cruel por entidades dos Direitos Humanos

O prisioneiro Kenneth Eugene Smith foi condenado à morte pelo assassinato de uma mulher em 1988. A execução foi  feita na noite de quinta-feira, 2, e acompanhada por jornalistas e familiares.

Esta foi a primeira vez que os Estados Unidos usaram o método da asfixia por nitrogênio para executar um prisioneiro condenado à morte. Os advogados de Smith tentaram reverter a execução até o último momento. No entanto, a Suprema Corte dos Estados Unidos negou os recursos e determinou que a operação prosseguisse.

Antes do início da execução, Smith fez uma declaração final afirmando que a humanidade estava dando um passo para trás, em referência ao método usado para a morte. Ele também mandou um recado para os parentes: “Vou embora com amor, paz e luz”, disse ele, segundo uma das testemunhas. “Amo todos vocês.”

Smith foi declarado morto às 20h25 (23h25, em Brasília). Os jornalistas que acompanharam o procedimento afirmaram que o prisioneiro pareceu consciente por vários minutos, começando a tremer na sequência.

Antes da execução, autoridades do Alabama disseram em documentos judiciais que esperavam que Smith ficasse inconsciente em menos de um minuto e morreria pouco depois.

Smith foi condenado à morte pelo assassinato de Elizabeth Sennett. O crime aconteceu em 1988 e foi encomendado pelo marido da vítima, que era um pastor.  Segundo os promotores, Smith e um outro homem receberam US$ 1 mil cada pelo serviço. O pastor mandante do crime acabou se suicidando.

Em novembro de 2022, Smith foi submetido à execução com injeção letal, mas os funcionários responsáveis pela operação tiveram dificuldades para encontrar uma veia e falharam. Os jornalistas que acompanharam o procedimento afirmaram que o prisioneiro pareceu consciente por vários minutos –