Gestores e técnicos da Prefeitura de Salvador participaram do Encontro Nacional da Rede Acesso Mais Seguro para Serviços Públicos Essenciais (AMS), desenvolvido pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) com o objetivo de reduzir as consequências da violência armada para os profissionais que atuam nos setores da assistência social, saúde e educação, bem como os assistidos. O evento ocorreu na semana passada, em Brasília (DF).
Da capital baiana, além de técnicos e do secretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), Júnior Magalhães, marcaram presença diretores e técnicos das pastas da Saúde (SMS), Educação (Smed) e Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ). Também participaram do encontro representantes das cidades de Fortaleza (CE), Vila Velha (ES), Rio de Janeiro e Duque de Caxias (RJ), São Paulo (SP), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), que já aderiram ao programa.
O intercâmbio de experiências abordou temas como riscos, gestão de crise e gestão de estresse, além de mudanças no comportamento de profissionais e gestores para fortalecer sua resiliência, com apresentação de experiências ocorridas nas cidades que já contam com o Acesso Mais Seguro, como Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ). Salvador já está organizando as ações para implantação do programa. Na ocasião, foram debatidos ainda mecanismos de sustentabilidade do programa e a formulação de políticas públicas, Lei e Decretos destinados a apoiar os servidores e o atendimento à população.
O secretário da Sempre relatou que a cidade buscou a experiência do CICV ao perceber que a situação de violência armada estava impactando nos serviços prestados à população. “Ao levarmos a sugestão para a gestão municipal, a inciativa foi acolhida e, no mês de agosto, foi firmada parceria para o AMS. Além disso, após ouvir aqui, neste encontro, esses relatos de como o programa vem surtindo bons resultados em outras cidades, tenho a confiança de que na capital baiana não será diferente, e assim conseguiremos fazer com que os serviços essenciais continuem a serem prestados nos equipamentos municipais, com a devida segurança, tanto para os técnicos como para os assistidos”, disse Magalhães.
Parceria – Um dos principais objetivos do Encontro da Rede AMS foi consolidar o trabalho em parcerias e fomentar a incorporação do programa na cultura institucional dos parceiros que se somam à rede. “Gostaria de aproveitar a oportunidade para reiterar o compromisso do CICV em usar a experiência e expertise técnica adquirida nestes mais de 160 anos de atuação em favor das instituições brasileiras, para apoiá-las no desenvolvimento de respostas integradas em matéria de gestão dos riscos da violência armada que se adaptem à realidade e aos contextos locais”, afirmou o chefe de Operações do CICV no Brasil, Daniel Muñoz-Rojas.
Ainda, pela primeira vez, um Encontro de Comunicadores da Rede debateu estratégias de abordagem do tema na comunicação pública. A roda de conversa “Violência armada em pauta: como garantir um enfoque humanitário?” abriu as atividades e foi realizada na Faculdade de Comunicação (FAC) da Universidade de Brasília (UnB), no último dia 24, e contou com a participação de representantes de assessorias de comunicação de quatro municípios brasileiros, onde o AMS já está implantado. No dia seguinte, foram realizadas trocas de experiências acerca do dia a dia das assessorias, relacionamento com a imprensa e a forma como os conflitos armados são abordados pelos veículos. Foto: Ascom/Sempre. Tribuna da Bahia