A Prefeitura de Salvador entregou nesta quinta-feira (19) a nova Arena Esportiva do Abaeté, que foi totalmente recuperada para uso da população e dos projetos sociais da comunidade. Trata-se do 67º campo de grama sintética inaugurado na capital baiana, e está localizado na Travessa Mandacaru, ao lado do Largo do Abaeté, em Itapuã. Júnior Magalhães, secretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) esteve no local para a inauguração do espaço ao lado de outras autoridades municipais.
Além da reforma completa do campo, que recebeu gramado sintético, a Prefeitura realizou a troca das traves, redes, alambrados e ainda fez a construção de vestiários para beneficiar projetos sociais que atuam no Abaeté. Foram investidos cerca de R$1,4 milhões nos serviços. “Um espaço que não fica atrás de nenhum campo particular da nossa cidade, de nenhum espaço de clube ou condomínio”, disse Júnior Magalhães no evento de inauguração.
“Além dos 67 que já entregamos, a Prefeitura tem em execução mais de 30 outros campos. Chegaremos em breve a 100 campos em Salvador de grama sintética. No passado, só quem tinha acesso a grama sintética era quem conseguia alugar num clube, juntando um grupo de amigos para poder pagar uma hora, duas horas. E, agora, a grama sintética está aí, espalhada por todos os bairros de Salvador. Então, essa é uma cidade que cuida do esporte, que cuida da qualidade de vida do seu povo, é uma cidade que tem nos orgulhado”, completou Júnior.
Um dos projetos beneficiados pela reforma do campo é o Núcleo de Formação de Atletas do Abaeté (NFA Abaeté), que existe há 20 anos no bairro, atendendo a cerca de 100 crianças e adolescentes, dos 5 aos 20 anos. Um dos coordenadores é o ex-atleta profissional de futebol Cairon Bruno, o Esquerdinha, que agradeceu à Prefeitura pela obra: “Essa reforma trouxe uma estabilidade para a gente do projeto, por conta de uma infraestrutura que a criançada não tinha. Muitas dessas crianças nunca tinham jogado num sintético, e agora a gente poderá fazer um trabalho mais aprofundado de formação, visando o futebol de verdade”.
“O nosso trabalho visa tirar as crianças da periferia e apresentar um novo projeto de vida. A gente não faz somente um trabalho social esportivo, a gente procura dar também a essas crianças uma esperança de futuro. Com essa reforma, vamos poder ampliar o trabalho. A gente já jogou aqui na lama, quando chovia, no barro, já perdemos alguns uniformes, entre outros problemas”, contou Cairon Bruno.
Maria Oliveira, 72 anos, é avó de Vitor, de 10 anos, um dos alunos do projeto social. Ela aprovou a nova estrutura do campo. “Ficou bem bonito e espero que a população possa mantê-lo dessa forma. Antes era todo de barro e era impossível usar em período de chuva. Muito bom ter um espaço onde as crianças possam ter um apoio”, disse.
Outro aluno é Vinicius Souza dos Anjos, de 16 anos, que lembrou como era treinar antes da requalificação: “Antigamente era muito ruim, tinha muito buraco e alagamentos quando chovia. Alguns jogos eram cancelados porque ficava cheio de poças de água. E na hora de cair, como eu sou goleiro, era bem mais ruim. E também tinha um pouco de rachaduras no chão. Agora está bem melhor, nunca tinha jogado num campo assim”, contou.