Prefeito Gileno e vice Vavá arguíram acerca de dificuldades encontradas na transição administrativa de MUNIZ FERREIRA

Por ANTONIO MASCARENHAS

DIFICULDADES ENCONTRADAS NA TRANSIÇÃO ADMINISTRATIVA

A transições administrativas entre as gestões que se findam e as que se iniciam não se tratam, apenas, de meras formalidades jurídicas. Mais que isso, são premissas constitucionais que não apenas dão asas à imperiosa necessidade de transparência dos atos. Elas propiciam aos novos gestores o conhecimento prévio acerca da verdadeira situação financeira de cada município, sendo, por conseguinte, importante para a busca de soluções, de maneira tempestiva e têm com pano de fundo a finalidade de fazer com que a  população não fique privada, dentre outros, dos serviços essenciais prestados  pelo poder público. 

Infelizmente, é uma situação que ocorre em fatia substancial dos municípios brasileiros e que precisa, evidentemente, ser encarada com seriedade, sob pena de colocar na berlinda tudo o quanto se preconiza no que concerne à aplicabilidade das leis. 

E a nova gestão de Muniz Ferreira, através do prefeito Gileno e vice Vavá, em entrevista, exclusiva, à Tvsaj.com.br e Tvnoticias24horas, arguiu que teve dificuldade no processo de transição administrativa, principalmente, no que diz respeito à insuficiência de dados inerentes à “saúde financeira” do município.

DÉBITO JUNTO AO INSS

O chefe do executivo, em seu pronunciamento, na cerimônia de posse, frisou que a gestão anterior não vinha arcando com compromissos junto ao INSS e, ao apagar das luzes, formulou um parcelamento do débito reinante junto à essa instituição, dificultando, por conseguinte, a disponibilidade de erário nessa fase inicial de mandato. 

COLETA DO LIXO

Gestores lamentaram o fato de terem encontrado a máquina que procede a coleta do lixo quebrada, citando dificuldades para a destinação de dejetos nesse momento inicial de gestão. Pediram a compreensão e apoio por parte de funcionários, de maneira que a situação seja amenizada, nesse momento.

PARCERIA COM O LEGISLATIVO MUNICIPAL

Em muitos municípios do país, verdadeiras “batalhas” acontecem nos momentos que antecedem a escolha da mesa diretora da Câmara. Quando a oposição tem maioria, faz tudo para que os vereadores que compõem esse bloco, nele permaneçam. Do outro lado, quando prefeitos não têm supremacia junto ao legislativo, parte deles faz de tudo para que “adesões” aconteçam, mesmo que de forma coercitiva. 

E esse tipo de pressão acontece através da destinação de cargos para vereadores e/ou vantagens financeiras. Nessas barganhas, lá no final do túnel, quem acaba sendo penalizado é, na verdade, a população. 

Mas, em Muniz Ferreira, felizmente, na gestão que se inicia (Gileno e Vavá) isso não acontece. Assim como em municípios da região. Momentos antes da eleição da escolha da presidente da egrégia casa legislativa, ninguém sabia, na verdade, qual seria a chapa vencedora. O grupo de oposição (chapa 01- Alan de Minde) tinha, até então, “a priori” 5 votos contra 4 da chapa da situação (chapa 2 – Ivone). Havia, de certo modo, uma tensão reinante. 

Realizada a votação (aberta), 2 nomes da oposição, Rai (foto ao lado) e Jairo (foto abaixo) apoiaram a chapa 01, propiciando a Ivone o comando da Câmara nesses dois anos de mandato. Prefeito e vice, regozijados, diante da manifestação de apoio, por parte dos dois edis, externaram satisfação e agradecimentos.

 

E quais as justificativas desses dois edis que não se furtaram a apoiar a candidata Ivone e, poor extensão, propiciar maioria na Câmara, por parte da atual gestão? A certeza de que, deveras, são dois nomes conceituados e que tudo farão para materializar, dentro do possível, os anseios da população, independente de cores partidárias. Mesmo porque, na verdade, disputas ao executivo, só daqui a quatro anos. 

Mais  que isso, disseram aos que permaneceram na oposição terão tratamento  equânime em tudo aquilo que possa beneficiar a população. E os vereadores Adilson, Alan de Minde e Fábio justificaram acerca do porquê de continuarem defendendo suas teses e que farão oposição com responsabilidade (o que for bom para o município, votarão a favor). E o que foi e que é preponderante para que tudo isso acontecesse? A seriedade de homens que, na situação ou na oposição, não se utilizam de subterfúgios para a consecução de seus objetivos. Uma lição a ser seguida. 

A HERCÚLEA MISSÃO DE PREOFESSOR E A ABDICAÇÃO DO SALÁRIO DE PREFEITO

O prefeito, em sua fala, dentre outros aspectos, declarou que abrirá mão do salário que, por lei, tem direito, junto ao município, vez que deverá continuar lecionando no Colégio Santo Antonio, na cidade vizinha de Santo Antonio de Jesus, dando, por tanto, continuidade à missão que exerce há 31 anos e que tem contribuído, de forma insofismável, para a formação cultural de tantos jovens, inclusive,  em seu município.