quinta-feira, novembro 21, 2024
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OSMADIL, poeta, historiador, fala sobre descaso do IPHAN para com prédios históricos, em ARATUÍPE

Por ANTONIO MASCARENHAS

Em diversos rincões da Bahia, a exemplo de Salvador, Nazaré das Farinhas, Jaguaripe, Cachoeira, Maragojipe, Valença, Itaparica, Vera Cruz, Santo Antonio de Jesus,  Aratuípe, as edificações históricas, com traços barrocos, são, inexoravelmente, motivo de orgulho para os munícipes e, em especial, para queles que apreciam toda uma beleza que atravessa gerações, trazendo, ao cotidiano, a sutileza de artistas que conseguiram materializar toda uma arte que eclodiu a partir dos “pergaminhos”, das “pranchetas”, das colheres dos pedreiros, dos pinceis dos artesãos e que contribuiu para que construções fossem importantes para o desenvolvimento dos municípios que, “até hoje” guardam, pelo menos, resquícios de toda uma riqueza artístico-cultural. Municípios que (em sua maioria) surgiram a partir de conglomerados humanos às margens de rios e que, dentre as primeiras construções, igrejas, mercados municipais, etc.  

Com o crescimento populacional, cada cidade procurou, naturalmente, inserir no seio populacional, construções modernas e mais confortáveis. Diante da volúpia construtivista e à luz dos interesses pecuniários, proprietários de construções antigas começaram a vendê-las e os adquirentes, então, tentaram demoli-las. Entidades governamentais e não-governamentais, diante da ameaça concreta da dilapidação de todo um acervo arquitetônico antigo (estilo barroco) preocuparam-se em criar mecanismos para dificultar reformas de fachadas ou demolição de tais prédios.  

Graças a essa intervenção é que ainda há um número considerável de construções, resistindo ao tempo. E, dentre as entidades incumbidas de proteger (pelo menos nos ditames) esse patrimônio, o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que tem dotações orçamentárias, a partir do governo federal,  para reforma dessas edificações.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional é uma autarquia federal do Governo do Brasil, criada em 1937, vinculada ao Ministério do Turismo, responsável pela preservação e divulgação do patrimônio material e imaterial do país. Acontece que a maioria das construções antigas, em todos os municípios, vêm passando por situação difícil, à luz de todo um descaso que vem sendo materializado. 

Em Aratuípe, por exemplo, vários são os pleitos formulados pela administração do prefeito Antonio Miranda “Sinho” e representantes do legislativo e igreja católica, junto ao IPHAN e órgãos incumbidos, em prol dessa tão almejada revitalização.  As igrejas matriz e a Santo Antonio dos Índios (essa edificada entre 1585 e 1600, segundo o poeta Osmadil), está em acentuado estado de degradação. A população como um todo está prejudicada, em especial os fieis da igreja católica. Mas até quando o IPHAN vai “ver sem enxergar” essa situação?

Em entrevista, exclusiva à Tvsaj, do poeta e historiador Osmadil, ele discorre sobre todas as construções antigas do município, dando detalhes sobre o processo de edificação de algumas delas, a exemplo da Igreja de Santo Antonio dos Índios que muita gente não conhece e que poderia, muito bem, ser inserida na rota turística da Bahia. Fotos, imagens, entrevista, edição, texto, Antonio Mascarenhas (www.tvsaj.com.br)

 

 

 

 

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