A médica dermatologista Maria Clara Gordiano falou, em entrevista ao Metropole Saúde, dos riscos que a exposição prolongada ao sol pode causar à pele.
“Nenhum bronzeado é saudável. A gente tem aqui em Salvador essa cultura de que a marquinha de biquíni é bonita, e que é saudável o ‘rostinho queimado’. Esse bronzeado quer dizer que a pele sofreu. É uma resposta da pele assim como um calo no sapato apertado”, explicou a especialista, em entrevista ao programa da última terça-feira (5).
A médica ressaltou a relevância de utilizar protetor solar, inclusive em dias nublados. “A radiação está presente, a gente só não está visualizando”, salientou. Além disso, ela alertou que camaras de bronzeamento artificial, pratica considerada ilegal no Brasil, são um dos fatores que podem acelerar o desenvolvimento de câncer de pele.
“As câmaras de bronzeamento artificial aumentam a chance de desenvolver um melanoma [câncer]. É tão grave esse problema que elas foram proibidas no Brasil e em vários países do mundo. Infelizmente, como várias outras coisas, se procurar, vai achar algum lugar que faça ilegalmente”, explicou Maria Clara Gordiano.
Falta de vitamina
Ainda em entrevista, a dermatologista disse que a melhor forma para suplementar a vitamina D seria por via oral, e não pela exposição solar, como diz a crença popular.
“A vitamina D é produzida por uma química da pele com o sol, aquele de meio-dia é o melhor para produzir a vitamina D. Mas já tem vários estudos mostrando que, em países como o nosso, mesmo com protetor solar essa exposição acidental já converte a vitamina D […] Se a sua vitamina D está baixa, ela tem que ser reposta via oral ou injetável. Não tem sol que você tome que vai fazer ela subir rapidamente”, afirmou. Foto: Reprodução/Radio Metropole. Metro 1.