sábado, dezembro 21, 2024
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Mulheres rurais apresentam carta com propostas focadas no empoderamento e promoção à saúde

A secretária de políticas paras as mulheres , Neusa Cadore, participou do  encerramento das atividades e destacou o protagonismo das mulheres rurais. “Nós acolhemos com muita alegria essa carta, que é uma consequência de muitos debates e da construção coletiva em torno de temas cruciais como agroecologia, saúde mental e empoderamento. Esta carta traduz o protagonismo, o olhar dessas mulheres, que têm um percurso de luta, resiliência, de resistência, de capacidade de articulação e que contribuem, mais uma vez, para o fortalecimento das políticas públicas para as mulheres rurais na Bahia”, afirmou. 

Maria Jesus Macedo, mais conhecida como Dona Lili, do Quilombo de Queimado Novo, em Morro do Chapéu, estava entusiasmada com a vivência nesses três dias do encontro. “A troca de conhecimento e a experiência foi o que mais me marcou. A cada momento, a gente vai amadurecendo mais para levar para as que ficaram lá. Para mim, o mais importante foi descobrir sobre os direitos da mulher. Vou ter muito o que falar com a minha comunidade”, comentou. 

Este também foi o sentimento de Vilma Novais, da Comunidade Quilombola de Corcovado, no município de Palmeiras, que volta motivada e feliz para a sua comunidade. “Eu gostei muito do encontro, dos temas abordados, mas o da saúde mental é uma coisa muito importante da gente se trabalhar, porque a gente gosta de cuidar do outro e esquece de cuidar da gente”, comentou.

Agricultora familiar de Ubatã, Verilma Santos, participou do encontro com a filha Suzane Santos Meira, 21 anos. Para ela, é fundamental que a filha tenha essas experiências, que ressaltam o protagonismo das mulheres do campo. “E muito gratificante estar aqui com ela, ter a juventude participando. Tivemos muito conhecimento”, afirmou.

Para Suzante o que chamou mais a atenção foi a necessidade da política de cuidado. “Eu vejo que as mulheres do campo são muito sobrecarregadas tanto pelo trabalho rural, quanto pelo trabalho dentro de casa, porque a gente sabe que tem uma cultura muito machista ainda. A mulher não tem tempo para lazer, para o autocuidado e é extremamente importante a gente debater sobre isso”, comentou.

Como parte da programação do último dia do encontro, foi realizada a mesa temática Ciranda das Escutas – Rumo à Construção de Políticas Públicas, com representantes de diversos organismos. Estavam presentes Fátima Silva, do Ministério das Mulheres; Vivian Libório e Fernanda Machiaveli, do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); secretária estadual de promoção da igualdade racial, povos e comunidades tradicionais, Ângela Guimarães; a deputada estadual Lucinha do MST; a suplente de deputada federal, Elisângela Araújo; as superintendentes da SPM, Camilla Batista e Luciana Mota; Mazinho Cordeiro, superintendente da SDR; diretor- presidente da CARe Jeandro Ribeiro.

Na oportunidade, a superintendente de Inclusão Socioprodutiva da SPM, Luciana Mota, falou sobre os investimentos do Governo no Estado, a partir do Programa Especial Elas à Frente, coordenado pela SPM e que propõe a implementação de  políticas para as mulheres em todas as esferas de governo, com ênfase destaque para o orçamento da SPM e do Plano Plurianual Participativo (PPA). “Nos últimos dois anos, o orçamento das mulheres é um dos melhores da história. Isso demonstra o compromisso do Governo do Estado com essa pauta e com a qualificação desse orçamento que é quase que três vezes mais, comparado ao orçamento inicial de 2022”, afirmou.     

Fonte: Ascom/SPM

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