O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que os outros chefes de estado do Nordeste preparam um dossiê sobre as fake news que atingem outros governadores da região. Em entrevista a Mário Kertész hoje (27), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, o petista afirmou que a máquina de produzir notícias falsas chega a custar R$ 7 milhões. Ele comentou os desdobramentos da operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta quarta-feira, no inquérito contra as agressões a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.
“Torço que a operação de hoje tenha pleno êxito, comandado pelo STF. A PF cumpre esse mandado para apurar quem são os responsáveis e quem financia. É uma máquina gigantesca de fake news. Estamos finalizando um dossiê dos governadores do Nordeste. É impressionante. A peça publicitária de notícia falsa é a mesma. Só muda o nome do governador, a foto e o nome do estado. Acontece no mesmo dia e mesma hora em todos os estados”, disse Rui.
“É algo impressionante o que eles fazem de reprodução de notícias falsas. Tem uma máquina profissional em torno disso. Estima-se, não sou especialista disso, que deve custar por mês algo em torno de seis ou sete milhões de reais. É um negócio robusto para fazer essa distribuição. Recebi várias notícias falsas que passam a meu respeito. Eu falo para sair desses grupos. As coisas não estão perdidas. Quando falo de forma triste ou indignada com o Brasil, não perdi as esperanças”, acrescentou.
Ainda segundo o governador, os recentes ataques à democracia são passageiros. De acordo com Rui, pessoas honradas que fazem parte da Polícia Federal, Ministério Público, Congresso Nacional e Judiciário não devem se curvar a pensamentos autoritários de qualquer governo.
“Acho que nossas instituições que fortalecem a democracia não devem se curvar a devaneios e a loucuras de governos temporários, seja eles quais forem. Os governos são passageiros, basta olhar a história da humanidade, de qualquer matriz ideológica. As instituições não, elas são permanentes e lembradas ao longo da história. As pessoas podem diminuir sua presença ou sumir seus nomes da história, mas as instituições não somem”, comentou o governador. Foto: Fernando Vivas/GOVBA. Tribuna da Bahia