No último sábado (20), a Fundação Pedro Calmon, unidade da Secretaria de Cultura da Bahia, visitou a Biblioteca Pública Virgílio Barco, uma das maiores bibliotecas de Bogotá, na Colômbia, gerida pela Rede de Bibliotecas Públicas.
A Rede de Bibliotecas Públicas tem espaços alternativos de leitura, compostos por Biblioestações, nas estações de transporte, um caminhão biblioteca( Bibliomóveis), com mais de 500 livros no acervo, 95 pontos de leitura nos parques da cidade, com uma coleção de 300 livros, e biblioteca itinerante.
A Biblioteca Virgilio Barco, compõe a rede de megabibliotecas da Rede Distrital de Bibliotecas Públicas de Bogotá, BibloRed. O Diretor Geral da FPC, Vladimir Pinheiro, foi recebido por Andrea Victorino, diretora de Leitura e Bibliotecas de Bogotá e sua equipe, para conhecer o sistema, trocar experiências, estabelecer cooperações e realizar visita guiada na unidade.
Para Vladimir Pinheiro, Diretor Geral da FPC, o grande fluxo de público na Biblioteca Virgílio Barco é um diferencial. “Mostra uma característica cultural do povo colombiano”. Pinheiro descata ainda, que na visita ao equipamento cultural, houveram trocas de impressões, sobre as dificuldades das gestões das bibliotecas, para a democratização do acesso aos acervos, e diversidade das linguagens literárias. “Momento muito rico, onde podemos estabelecer princípios de cooperação entre a Rede de Bibliotecas Públicas da Colômbia e o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas da Bahia”, ressalta.
A Virgílio Barco, que é reconhecida como um dos equipamentos culturais mais emblemáticos de Bogotá. Possui sala digital, auditório, pavilhão infantil, bebêteca, sala de leitura LGBTQI+, sala de laboratório de informática, setor Braile e muito mais. São emprestados cerca de 70 mil livros por mês na biblioteca. Já o serviço de empréstimo a domicílio, empresta cerca 3 mil livros. A média mensal de visitantes são de 200 mil, nos diferentes espaços, com uma coleção de 700 mil livros e aquisição de 10 mil livros por ano.
As articulações com às bibliotecas comunitárias, que nascem no coração dos bairros populares, também é um destaque da Bibliored, por facilitarem o acesso entre a Rede de leitura e bibliotecas com as comunidades, fazendo parte de uma política pública perene da cidade.
A Diretora de Leitura e Bibliotecas de Bogotá, Andréia Victorino, destaca o programa Manhãs de Cuidados, voltado para as pessoas que cuidam de familiares com problemas de saúde, e encontram na biblioteca pública um espaço de saída da saúde mental. “Encaramos como a reconstrução dos direitos culturais e democratização da informação”. Ela destaca ainda, que o projeto tem um modelo que busca garantir educação flexível, formação profissional, cursos de vida e oficinas de empreendedorismo. “É um espaço que se tornou um ponto de encontro que permite o diálogo, a construção e a transformação de realidades sociais e culturais”.
Participaram da Equipe DLB, Ángela Andrea Portela, coordenadora de Política Pública da Direção de Leitura e Bibliotecas, Ángela Marcela Mesa, coordenadora de Comunidade e Território da Direção de Leitura e Bibliotecas de Bogotá, Ánderson Villalba, profissional do do Sistema de Bibliotecas de Bogotá e Sergio Cárdenas, coordenador da Biblioteca Virgilio Barco.
Biblioteca Virgílio Barco
Rodeada de parques e complexos desportivos e recreativos, foi projetado pelo arquiteto Rogelio Salmona e inaugurado em 20 de dezembro de 2001. Em 2007 foi declarado Bem de Interesse Cultural Nacional e deve seu nome ao ex-presidente colombiano Virgilio Barco Vargas. A Biblioteca abriu suas portas para a comunidade em 20 de dezembro de 2001, com área disponível de 16.092 m². Desde então, tornou-se um centro de desenvolvimento social e cultural da cidade.
Possui um acervo de 97.572 volumes, entre livros, tablets, livros digitais e material audiovisual. Os espaços agradáveis e a programação variada e inovadora despertam nas crianças, jovens, adultos e seniores um interesse particular pela leitura, escrita e manifestações artísticas.
Fonte: Ascom/FPC