A Embasa, uma empresa com quase 50 anos de trabalho voltado à prestação de abastecimento de água e esgotamento sanitário e à otimização da infraestrutura para ampliar o acesso a esses serviços públicos em sua área de atuação, pretende continuar o intenso ritmo de investimentos iniciado em 2007, no âmbito do programa estadual Água para Todos.
Universalização do acesso é um assunto que faz parte do planejamento e da gestão da Embasa há 14 anos. Os investimentos efetivados e entregues aos municípios de sua área de atuação, entre 2007 e 2020, junto com as ações do Governo do Estado somam o montante de R$ 9 bilhões e resultaram em aproximadamente mais 4 milhões de pessoas com acesso a água tratada e mais 2,5 milhões de pessoas com acesso a coleta e tratamento de esgoto.
Esses números são mais do que uma conquista para a Bahia que apresenta índices de cobertura de atendimento significativos no cenário nacional, considerando-se a extensão geográfica do estado e 2/3 do seu território situado em região semiárida com pouca disponibilidade hídrica. A Embasa atende 368 municípios com abastecimento de água, o que representa 88% do total de municípios baianos, e 103 com coleta e tratamento de esgoto. Nesta área, o acesso a abastecimento de água chegou a uma cobertura de 92% e o acesso a coleta e tratamento de esgoto chegou a 46%.
No último relatório do Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS), com dados de 2019, a Bahia alcançou um índice acima de 90% de atendimento com rede de água e um patamar entre 40% e 70% de atendimento com rede coletora de esgoto em área urbana. Mesmo não atuando em todos os 417 municípios da Bahia, o trabalho da Embasa foi decisivo para o alcance desses indicadores.
A capacidade econômico financeira aliada a um plano sustentável de investimentos e parcerias com o setor privado para o cumprimento das metas de universalização em municípios com contratos vigentes, assim como a busca por eficiência por meio de inovação e cooperação técnica têm sido os caminhos trilhados pela Embasa para atuar neste novo cenário, sempre buscando atender as necessidades de usuários e dos municípios numa perspectiva regional.
Como resultado dessas ações realizadas nos últimos 14 anos, a Embasa registrou, no período, um aumento de 70% no número de ligações de água e de 187% no número de ligações de esgoto em relação ao quantitativo que existia em dezembro de 2006. Isso é um feito histórico, pois nunca ocorreu na Bahia e seus reflexos tanto na vida de milhões de pessoas, assim como na evolução dos indicadores sociais, econômicos e ambientais do estado são indiscutíveis.
Atuação regional
A Embasa sempre atuou de forma regionalizada, otimizando a disponibilidade de recursos hídricos e as condições ambientais das regiões onde presta seus serviços para atender em grande escala, incluindo grandes e pequenos municípios, estes últimos, geralmente com pouca atratividade econômica e sem densidade populacional, mas, muitas vezes, com potencial para atividade turística ou industrial se a infraestrutura de serviços básicos de saneamento está presente.
A empresa, nos últimos 14 anos, implantou grandes sistemas integrados de abastecimento de água para atender municípios situados no semiárido, como o sistema adutor do São Francisco que abastece 16 municípios da região de Irecê; o sistema adutor do Algodão que atende 8 sedes municipais e algumas localidades rurais na região de Guanambi, os sistemas integrados de abastecimento de Senhor do Bonfim; da região do Sisal (Pedras Altas-São José do Jacuípe); de Itaberaba; de Santo Estevão, entre outros.
A empresa também ampliou grandes sistemas integrados de água, como o sistema de Salvador, que atende a capital baiana, ilhas de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, São Francisco do Conde, Candeias e Madre de Deus. Esse sistema está passando por outra obra de ampliação para melhorar e ampliar o atendimento em Candeias, São Francisco do Conde, Madre de Deus e nas ilhas de Salvador.
Outros sistemas integrados de abastecimento no interior receberam obras de ampliação para atender a zona rural dos municípios e melhorar a prestação nas sedes, como o sistema da Zona Fumageira e Paraguaçu-Milagres, no Recôncavo, sistemas de Vitória da Conquista, Euclides da Cunha, de Serrinha, entre tantos outros.
Esgotamento sanitário
Os investimentos em ampliação do acesso a coleta e tratamento de esgoto, ao longo dos últimos 14 anos, contemplou cidades e localidades turísticas situadas em importantes bacias hidrográficas existentes no estado. Vale destacar os investimentos realizados em Feira de Santana, município situado na bacia do rio Jacuípe cujas águas afluem para o lago de Pedra do Cavalo, importante manancial de abastecimento de Salvador, RMS, Recôncavo e da região metropolitana de Feira de Santana.
Os municípios situados próximos à foz do rio Paraguaçu que deságua na Baía de Todos os Santos (BTS), assim como as ilhas de Bom Jesus dos Passos e dos Frades e os municípios ribeirinhos da BTS, receberam muitos investimentos e, hoje, contam com coleta e tratamento de esgoto, apresentando uma média de cobertura nas respectivas zonas urbanas de 60% (*dados SNIS 2019). Os municípios são: Salvador, Simões Filho, São Francisco do Conde, Madre de Deus, Candeias, Santo Amaro, Cachoeira, São Félix, Muritiba e Cruz das Almas.
Para citar outro exemplo de universalização regionalizada do esgotamento sanitário, a Embasa também investiu muitos recursos, no litoral norte, para garantir o acesso a coleta e tratamento de esgoto em Camaçari (sede e localidades litorâneas), Mata de São João (localidades litorâneas), Entre Rios (Subaúma) e Conde (sede). Essa é uma região com vários rios utilizados como manancial, a exemplo dos rios Pojuca e Sauípe.
Na foto, moradora da comunidade de Alto Araguaia, no município de Angical, que passou a receber água tratada após obra de extensão de rede.