Por ANTONIO MASCARNENHAS
Desde o último ano da gestão anterior, portanto há quase dois anos, feirantes de confecções de outros municípios retornaram à feira livre de Santo Antônio de Jesus, após um afastamento motivado pela pandemia do coronavírus. A importância desse retorno para o segmento de confecções é até quanto impulsiona a economia local?
“É verdade! Após dois anos sem o pessoal de confecções de Feira de Santana estar aqui no nosso comércio avaliando a baixa do índice pandêmico, a gente conseguiu reduzir essa situação que prejudicava a todas as pessoas principalmente a economia da nossa cidade e, quiçá, do país. Ouvindo o pleito dos feirantes de Santo Antônio de Jesus, após algumas reuniões, eles tinham anseio com o retorno de Feira de Santana porque sabemos que isso ajuda a aquecer as vendas na nossa feira. Então fizemos então a convocação, fizemos uma reunião com o pessoal de Feira de Santana e estabelecemos algumas condições como, por exemplo, o cartão de vacinação deles e que eles estivessem, todos, usando máscaras, álcool em gel em suas barracas e, após fazer o recadastramento do setor de confecções priorizando Santo Antônio de Jesus e organizando esses comerciantes, aceitamos o retorno de confecção de Feira de Santana. Então dia 3 de novembro, nessa última quarta-feira e tivemos esse retorno. Foi muito bem aceito pela população; foi muito bem aceito pelos feirantes daqui da nossa cidade, principalmente, do setor de confecções porque sabemos que assim estaremos aquecendo a economia local já que vem gente de toda a região comprar na feira e essas pessoas estavam ansiosas com essas possibilidades de mercadorias boas, baratas e bonitas e é isso que a gente está muito feliz; aqueceu a feira… foi bastante agitada nesse dia 03 e tenho certeza que na próxima quarta-feira, dia 10, teremos um público ainda maior aqui na feira; com certeza tentando comprar as mercadorias de qualidade e também o pessoal de Santo Antônio se adequa e começa uma concorrência boa que fortalece, com certeza, toda a economia.”
O que se esperar, também, dos galpões de calçados e outros espaços nesse processo de organização da feira livre?
“É verdade nós fizemos desde o início da gestão um levantamento dos setores da feira livre e detectamos alguns galpões com alguns problemas. Eles tinham um mau uso; tinham pessoas com tamanhos desproporcionais de espaços ( até pela falta de fiscalização que não existia nas gestões passadas); então a gente criou um setor de fiscalização. Começamos então a fazer um levantamento de cada galpão e verificamos que o galpão de sapatos estava guardando diversas barracas grandes de madeira, na verdade, guardando várias várias pragas como ratos, baratas, escorpiões e, inclusive, um sariguê morando lá; essas barracas estavam abandonadas e estavam sendo utilizadas por pessoas detentoras de espaços e que aproveitavam áreas vazias para colocar mercadorias nesses locais também. Então a gente começou a perceber que, também pela questão da higiene, o local estava necessitando de uma intervenção urgente e, após a comunicação prévia daqueles pseudos feirantes porque já tinham já estavam fora da feira há bastante tempo nós fizemos a retirada de 17 barracas cada uma medindo em média de 6 metros e que, bastante estragadas, estão recolhidas na infraestrutura aguardando que seus donos possam ir lá para retirar esse material; fizemos uma higienização no último domingo fizemos uma lavagem completa do Galpão com marcações de espaço e entregamos ao prefeito Genival a sua gestão para que elas possam para que ele possa vislumbrar ali o melhor utilização do espaço público porque o equipamento público tem que ter uma função social. A gente não pode manter um espaço público tendo gastos, despesas com esse espaço como é o caso da feira livre e esse espaço não esteja tendo uma função social que é fazer com que a pessoa o permissionário possa dali tirar o seu sustento.”
Então a gente tem aqui uma lista de muitas pessoas que querem trabalhar na feira livre. Temos aí inúmeras condições como por exemplo de ambulantes espalhados pela cidade. E a feira livre com um espaço sendo usado de forma inadequada; então a gente corrigiu isso. Graças a Deus estamos muito felizes pelo reconhecimento do povo da Feira Livre. As pessoas que frequentam a feira estão reconhecendo essas ações e, com elas, estaremos logo em breve anunciando a ocupação desse espaço de forma adequada de forma que estamos trabalhando inclusive para correção de alguns vazamentos nos telhados porque a gente quer dar a melhor feira para nossa população. Sem contar que foram diversas intervenções; são 11 meses de muitas intervenções na feira livre nos banheiros principais da feira livre. Nós temos hoje um setor de confecções que temos uma pessoa dando manutenção por todo período de comércio. Nos banheiros que foram ativados eram banheiros que estavam em ativadas. Criamos também um local específico para os ônibus rurais as pessoas que vêm à feira hoje sabem onde vão descer no ônibus e sabem onde vão encontrar esses ônibus para retornar. Fizemos a revitalização das estruturas de telhado dos galpões de cereais e de sapatos. Não terminamos todos. Não fizemos ainda todo o acabamento mas já estão com 80% do seu estado melhorado porque tinham riscos de inclusive de acidentes. Isso foi tudo sanado e corrigido para que nada venha prejudicar a nossa feira. Fizemos também um central de abastecimento onde faltavam água na feira livre todos os sábados fins de semana dias de pico porque dependemos da água da Embasa e criamos com um reservatório que já tínhamos um sistema de abastecimento simples com “bombas sapos” levando para reservatórios superiores e temos água por todo período por todos os dias na feira livre.
“Nós temos feito, também, a revitalização de caixas de esgoto. Fizemos a mudança de 120 metros de área de esgotamento que tinha manilhas de 15cm e estava havendo entupimento nos espaços particulares no entorno da Feira Livre. Fizemos a substituição por manilhas de 30cm obras estruturantes que aos olhos das pessoas às vezes não estão percebendo e não veem porque não são eleitoreiras e sim de estrutura. Então a gente tem feito também muitas intervenções no galpão de farinha. Fizemos a organização do setor dos atacadistas eles têm os dias de ficar e os dias de liberar o espaço para que as pessoas voltem a poder estacionar os seus carros na feira livre. Nós temos trabalhado muito. Estamos no meio de um recadastramento onde estamos conhecendo os nossos permissionários e estaremos até o final do ano apresentando o projeto de reforma da Feira Livre. Estamos trabalhando muito acelerado. Estamos contratando agora uma empresa através de uma licitação que ocorrerá ainda nesse mês de novembro e ela terá um prazo de no máximo 60 dias para apresentar o projeto final de reforma à feira que faremos uma apresentação para toda a sociedade. Então a gente tem trabalhado muito sem falar e sem contar com o que temos feito na agricultura porque a agricultura nunca teve tanta assistência. O homem do campo nunca foi tão assistido pela gestão pública como nessa gestão do governo do prefeito Genival Deoplino e Careca.”
A sua pasta vem realizando com outras pastas da administração “secretaria itinerante”. Esse processo terá continuidade?
“Tereá, sim. É muito importante essa ação porque a gente leva serviços do município, aquelas comunidades que, na verdade, às vezes não podem estar todos os dias aqui buscando a acessar o que nós temos a oferecer. Então nós fazemos uma por mês porque a gente vai antes naquela comunidade, vai conhecer primeiro qual é a sua melhor produção; qual é o anseio daquela comunidade a gente leva naquele dia específico esses serviços. cursos específicos para melhorar a produção dessas pessoas. Estamos fortalecendo as mulheres produtoras dessas visitas itinerantes; nós levamos reuniões com essas mulheres produtoras; estamos trazendo novidades de capacitação; logo em breve estaremos anunciando, por exemplo, uma grande parceria com o Ministério de Direitos Humanos da Mulher capacitação para as Mulheres Produtoras Rurais que vai ser um grande evento de divulgação e uma inovação para nossa cidade. As itinerantes continuarão, sim, por toda a nossa gestão onde uma vez por mês estaremos em uma comunidade específica levando todos os serviços, incentivando e anunciando o nosso P.A. Municipal onde estaremos comprando desses agricultores e fornecendo através da Secretaria de Ação Social essas mercadorias, esses produtos às classes mais vulneráveis: aquelas pessoas que mais precisam de nossa assistência.”
O que é que a administração municipal tem feito para incremento na arrecadação, especificamente aqui na feira livre?
“Nós estamos nesse momento fazendo o recadastramento, revendo dívidas. Estamos aproveitando o Refis para divulgar que essas pessoas possam regularizar as suas situações. São preços públicos; são valores que não podem ser dispensados pelo município se não seria ato contra a Constituição. Então a gente estaria respondendo por improbidade e a gente não pode abrir mão desses valores, mas a gente buscou através da Secretaria da Fazenda e ele lançou o Refis que foi aprovado pela Câmara de Vereadores; então sendo dispensados juros e multas para que as pessoas possam regularizar as suas vidas. A partir daí, quando estivermos fazendo a reforma da feira livre, entregando esses novos espaços revitalizados, estaremos também revendo os valores dessa taxa pública, desse preço público que será definido, com certeza, através de lei aprovada na Câmara de Vereadores. Eu tenho certeza que com a Feira melhor, com condições melhores aos feirantes, nós estaremos, sim, trazendo esse retorno. As pessoas terão reconhecido a necessidade de pagamento das suas tarifas, as suas taxas públicas e isso será uma relação muito tranquila e muito leve porque estaremos com certeza entregando a melhor feira que as cidades do porte de Santo Antônio possam ter. “!, finalizou Dra. Nil Correia.