Imóveis do Centro Histórico de Salvador (CHS) estão tendo suas fachadas recuperadas. Diante da importância arquitetônico-histórica dessa área para a Bahia, a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder) realiza serviços de manutenção dentro da poligonal de tombamento da área. Só no Largo do Pelourinho – coração do Centro Histórico – fachadas de dez imóveis estão sendo recuperadas. A paleta de cores para a pintura é definida pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac).
Embora a Conder não tenha como atribuição a conservação do Centro Histórico da capital baiana, a empresa vem atuando há muitos anos nessa região. A primeira responsabilidade dos imóveis é de cada proprietário, depois vem a administração municipal que é proprietária e faz a gestão do solo urbano da cidade e, por fim, o órgão que protege a área tombada, o Iphan. “O importante para a Conder, para além das responsabilidades legais, é auxiliar na conservação desse importante conjunto urbano tombado como patrimônio brasileiro desde 1984, e chancelado pela Unesco como patrimônio da humanidade”, explica o presidente da Conder, Zé Trindade.
Considerando o perímetro do centro histórico, a Conder já construiu o maior edifício-garagem do Pelourinho com 10 pavimentos, requalificou vias importantes como a Rua Chile e a Rua Direita do Santo Antônio, promoveu projetos de habitação e recuperação de fachadas de imóveis, além de melhorias prediais no casario. No centro antigo, área extendida do centro histórico, a empresa também foi responsável pelo Projeto Pelas Ruas do Centro Antigo, que requalificou mais de 200 vias em 11 bairros. Esse trabalho, que ainda está em andamento, já totalizou R$ 124 milhões em sete anos de trabalho.
Segundo Zulu Araújo, coordenador do escritório da Conder no Centro Histórico de Salvador, os monumentos e as áreas protegidas pelo Iphan ganharam chancelas federais entre os anos de 1938 e 1945. “Algumas das características mais importantes são os traçados das ruas, ladeiras e becos que formam um dos mais ricos conjuntos urbanos de origem portuguesa nas Américas”, completa. Os sobrados de dois ou mais andares e as soluções de implantação em terrenos acidentados são exemplos típicos da cultura lusitana. Este acervo arquitetônico e paisagístico do CHS possui cerca de três mil edifícios construídos nos séculos XVII, XVIII, XIX e XX.
No bairro do Santo Antônio Além do Carmo, a Conder finaliza um projeto de paisagismo com plantação para manter a encosta verde, ao tempo que garante a segurança da contenção. A área fica ao lado do Túnel Américo Simas, atrás de 22 casarões da Rua Direita e em parte do declive no Largo de Santo Antônio. A Conder atua ainda nas áreas de mobilidade urbana, habitação, qualificação urbanística, equipamentos urbanos e edificações em todo o Estado da Bahia.
Fonte: Ascom/Conder