No mês de outubro, celebra-se o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme (DF), que busca alertar e informar sobre uma das enfermidades genéticas e hereditárias mais prevalentes no Brasil, principalmente, no estado da Bahia. Para marcar esta data, o Centro de Referências às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim (CERPDF/FundaçãoHemoba) promove uma programação especial no dia 29, pela manhã, com palestras e apresentações do Grupo de Violinos Sinfonia da Alegria e da cadela de suporte emocional Lola para os pacientes da unidade.
Como parte também da programação, encerra-se no dia 27 a exposição fotográfica para divulgar o Censo das Pessoas com Doença Falciforme (DF), promovida pela Hemoba, Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e a CCR Metrô Bahia, que acontece desde 17 de setembro, na Estação de Metrô da Lapa, na capital baiana. Nos dias 25 e 26, em parceria com Associação Feirense de Pessoas com Doenças Falciforme (Afadfal), a unidade móvel de coleta (hemóvel) da fundação estará no Boulevard Shopping, em Feira de Santana, das 8h às 16h (com uma hora de intervalo para o almoço), para atender os doadores de sangue.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a Bahia tem a maior incidência da doença falciforme no Brasil, com cerca de 10.000 pacientes, enquanto no país estima-se em torno de 60 mil pessoas atingidas. De cada 650 nascidos vivos no estado, um possui a doença, enquanto a média nacional é de um bebê a cada 1.000 nascimentos.
Conforme o Boletim Epidemiológico Doença Falciforme divulgado pela Sesab, entre janeiro de 2017 e abril de 2024, foram notificados 4.361 casos da doença. Já entre os anos de 2015 e 2023 foram realizadas 17.598 internações por causa da enfermidade. Neste ano, o Centro de Referência realizou atendimento de mais de cinco mil pacientes provenientes da capital e do interior, incluindo assistência transfusional, atenção farmacêutica, consulta e dispensação de medicamentos de alto custo.
Doença falciforme
A DF é uma doença genética, hereditária e caracterizada por alterações nas hemácias (glóbulos vermelhos) do sangue, que se tornam rígidos e assumem formato de foice, dificultando a passagem de oxigênio para cérebro, pulmões, rins e outros órgãos. As principais manifestações da enfermidade são anemia hemolítica crônica (destruição de glóbulos vermelhos) e episódios dolorosos recorrentes.
Infecções, sequestro esplênico (complicação aguda decorrente da retenção das hemácias no interior do baço), síndrome torácica aguda (lesão pulmonar) e acidente vascular cerebral são complicações clínicas que podem levar à morte em todas as faixas etárias. É mais comum em indivíduos da etnia negra (pretos e pardos), mas, devido à intensa miscigenação historicamente ocorrida no Brasil, pode ser observada também em pessoas brancas.
Programação
Confira a programação em 29/10, promovida pelo CERPDF/Fundação Hemoba, para celebrar o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme: 8h30 – Altair Lira (assessor de relações institucionais – CERPDF): Tema – Censo das Pessoas com Doença Falciforme; 9h00 – Naianne Dias (Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme – Abadfal): Tema – A importância da Associação no Controle Social; 9h30 – Aminadab Monteiro (Psicólogo do Núcleo de Saúde Ocupacional/Hemoba) e Janine Freitas (Psicóloga do CERPDF): Tema – Importância da saúde psicoemocional no autocuidado para melhoria da qualidade de vida; e apresentação do Grupo de Violinos Sinfonia da Alegria e da cadela de suporte emocional Lola para os pacientes da unidade.
Fonte: Ascom/Hemoba