Pré-candidato a prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM) disse que não está preocupado com a tentativa da oposição de rotulá-lo de “poste de ACM Neto (DEM)”. “Não tenho a mínima de preocupação com isso. Eu respondo essa pergunta com a minha história. Passar pelas dificuldades que eu passei na vida, enfrentando tantas adversidades… A minha atuação na vida pública, em todas as missões que eu passei, sempre me destaquei bem, desde a época como deputado estadual e nas oportunidades como secretário. Isso responde essa pergunta para bom entendedor”, disse Bruno, em entrevista à Tribuna, ao ser questionado se temia ser chamado pela oposição de “poste ACM Neto”.
No último dia 6 de janeiro, o prefeito soteropolitano lançou Bruno Reis, que é vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), como o pré-candidato ao Palácio Thomé de Souza do seu grupo político. O evento de lançamento teve o apoio de 12 partidos aliados. Para conquistar o aval das siglas, Bruno Reis prometeu aos correligionários ajudar na eleição para vereador. O pleito deste ano será o primeiro sem coligação proporcional, o que promete dificuldade aos postulantes a uma cadeira na Câmara Municipal.
De acordo com o pré-candidato, o seu grupo político tem mais de 800 candidatos a legislador municipal, que serão distribuídos entre as agremiações partidárias aliadas. Segundo ele, haverá um “equilíbrio na base” na briga para conquistar um assento no Legislativo soteropolitano. “Vamos equilibrar todos esses partidos de forma tal que possa ter uma disputa justa sempre para aquele vereador que pretende disputar a reeleição, os candidatos novos, os suplentes de vereador, os ex-vereadores. E eles possam chegar à Câmara cada com seu trabalho, cada um com seu valor”, pontuou.
Sobre a discussão da vice, Bruno Reis tem dito que a definição só deve ocorrer no final do primeiro semestre. O pré-candidato aguarda a oposição decidir a estratégia – o número de candidatos e os postulantes – para escolher o nome que vai integrar a sua chapa. O titular da Seinfra, no entanto, voltou a não descartar a hipótese de o presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Júnior (SD), integrar a sua composição. “Geraldo é um grande nome, uma grande parceiro e vai jogar no nosso time na posição que ele quiser, porque ele é um craque”, declarou.
O chefe do Legislativo soteropolitano afirmou, na Lavagem do Bonfim, que pretende decidir em março se vai brigar para ser vice de Bruno Reis ou se será candidato à reeleição como vereador.
Bruno Reis se esquivou de comentar sobre a pré-candidatura do senador Angelo Coronel (PSD) à prefeitura de Salvador. Nesta semana, Coronel, além de anunciar que vai brigar pelo Palácio Thomé de Souza, informou que fez um acordo com o presidente do Podemos na Bahia, o deputado federal Bacelar. Pelo pacto, quem tiver melhor nas pesquisas em julho será o postulante e vai receber a apoio do outro.
“Esse ou aquele adversário, por mais que tenha sua história, seu valor, acho que a população vai analisar quem tem mais condições, o que pode fazer para que a cidade avance ainda mais, eleve mais seu patamar. Não é que assuste ou não (aliança entre PSD e Podemos). Nesse momento, o cenário ainda está indefinido, ainda estão sendo colocadas pré-candidaturas. A gente só vai ter um cenário da eleição mais próximo, a partir de abril quando efetivamente os nomes se confirmarem e depois nas convenções. É hora de se preocupar com a cidade. Eu digo sempre: os desejos da cidade estão acima dos nossos sonhos pessoais, dos nossos interesses político-partidários. Esse é o foco. Vou seguir assim e nada vai desviar o meu caminho”, afirmou Bruno.