Bruno completa 100 dias de governo priorizando combate à pandemia

Por Rodrigo Daniel Silva

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), completa amanhã 100 dias de governo. Sucessor de ACM Neto (DEM), o chefe do Palácio Thomé de Souza tem priorizado nos primeiros dias da gestão o combate à pandemia da Covid-19, e as principais ações da administração, até o momento, estão relacionadas ao enfrentamento da doença. Outros projetos prometidos na campanha, como o “Vida Nova”, para atender as comunidades mais carentes, ainda estão na gaveta.

Para o líder do governo na Câmara de Salvador, Paulo Magalhães Júnior (DEM), é natural todo o esforço do prefeito ser direcionado à batalha contra a doença. O vereador disse ter certeza de que, após a pandemia, as demais propostas de campanha terão “prioridades” na prefeitura. “O programa Vida Nova é a cara de Bruno Reis, ele tem a proposta de oportunizar às famílias mais vulneráveis, chegando diretamente em pessoas que necessitam, com um conjunto específico de serviços, como reforma das casas, saúde, educação e capacitação profissional. Não tenho dúvidas que o programa será uma das prioridades da gestão, porém, como já foi dito, até então os esforços do governo estão voltados para o enfrentamento à pandemia, e não poderia ser diferente. As parcerias com a iniciativa privada já é uma realidade, mas nesse momento reforçam ações de combate à Covid-19. A prefeitura entende que a soma de esforços neste período de pandemia do novo coronavírus tem sido essencial para acelerar as ações de combate à doença”, afirmou o legislador, em entrevista à Tribuna.

No período eleitoral, o prefeito prometeu projetos com um investimento de R$ 6 bilhões na cidade, em parte com recursos privados, mas até agora não foram anunciados. Ao tomar posse, Bruno Reis disse também que quer ser o “prefeito da Educação”, porém, ainda não houve divulgação de iniciativas na área. Por causa da pandemia, os alunos têm tido aulas remotas, e parte dos pais tem cobrado o retorno. “Bruno tem uma proposta de revolucionar o sistema educacional soteropolitano, e eu tenho certeza de que isso vai acontecer. Infelizmente, por questões óbvias relacionadas à fase pandêmica que estamos vivendo, ainda não temos a dimensão dessa revolução, mas não tenho dúvidas que ela irá acontecer”, defendeu o vereador.

Assim como ACM Neto, Bruno Reis tem mantido uma relação institucional com o governador da Bahia, Rui Costa (PT), para enfrentar a doença. Partiu dele a proposta de fechar o comércio não essencial em toda a região metropolitana para evitar que a doença se disseminasse na região. A sugestão foi acatada pelo petista. Foi, na gestão de Bruno Reis, que se decretou “toque de recolher” em Salvador, pela primeira vez, após acordo entre os gestores. 

Já, com relação ao governo federal, o prefeito tem sido um crítico duro da postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na pandemia. Disse que era “melhor” Bolsonaro nem se posicionar, e condenou a “falta de protagonismo” do chefe do Planalto durante a crise sanitária.  Em algumas ocasiões, o democrata, todavia, adotou um tom otimista e disse que acreditava na mudança do líder do país.