O presidente Lula (PT) fez duras críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em cerimônia no Rio de Janeiro (RJ) para marcar a posse do ex-ministro Aloizio Mercadante no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), realizada na segunda-feira, 6, ele criticou a manutenção da taxa Selic em 13,75%, que vigora desde agosto de 2022.
O resultado não poderia ser outro, após chamar a medida o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC de “vergonha”, a escalada de tensões entre o líder petista e Campos Neto aumentou.
E o presidente do BC pode ser exonerado do cargo antes do final de seu mandato, que vai até 2024. Ao menos este é o desejo de críticos que fazem parte do governo Lula, como revela a revista Fórum nesta terça-feira, 7.
Ainda segundo a publicação, Campos Neto pode ser exonerado se for “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil”, regra que está prevista na legislação (Lei 179/19).
A regra ainda poderia ser usada pelo fato do presidente do BC ter estourado a meta de inflação em 2021 e 2022. No entanto, o governo petista ainda avalia o impacto de uma ação mais enérgica neste momento, em especial por não existir ainda uma certeza do impacto no mercado. Imagem: Lula entre em rota de colisão com presidente do Banco Central –