Por ANTONIO MASCARENHAS
Realizada, na manhã dessa terça-feira, 04, no Distrito do Palma, Jaguaripe, recôncavo baiano, uma importante reunião, de iniciativa da administração municipal, com o 14o. BPM, tendo por escopo discutir a respeito dos problemas que assolam a segurança nessa localidade, visando, naturalmente, a busca de soluções que amenizem a situação reinante.
PERSONALIDADES PRESENTES
Além dos anfitriões Hunaldo Costa e Pepezinho (prefeito e vice, respectivamente), Ten Cel Sá Pacheco (Cmt do 14o. BPM) e sub-comandante, Ten Érick Lima, Cap Ednaldo, Adé (Presidente da Câmara) e Nai (ex-prefeito), compondo a mesa, as participações dos vereadores Adilson, Robson, Renato, Negão, Dra. Célia Cavalcante; secretários municipais Larissa Costa (1a. dama), Raínha (Secretária de Desenvolvimento Rural), lideranças comunitárias, demais oficiais da Polícia Militar e representantes de diversos segmentos da sociedade local
PONTOS DISCUTIDOS
Logo após abertura dos trabalhos por parte do chefe do executivo municipal, o prefeito, em sua fala, discorreu sobre a iniciativa e a importância desse encontro, com participação do comandante e demais oficiais para discutir essa importante temática da segurança na comunidade e região.
Logo após, explanação por parte do Comandante acerca da participação de sua corporação na região, elencando serviços que vêm sendo prestados e as as diversas dificuldades que cercam a eficácia de todo um trabalho proposto. Alegou deficiência de contingente para cobrir todas as áreas e respondeu a todos questionamentos pertinentes os problemas enfrentados pela população.
A vereadora Célia sugeriu que esse importante trabalho fosse estendido a outras comunidades. Aproveitando o ensejo, lembrou a respeito de todo um trabalho realizado na região por parte do grupamento local formado.
O presidente da Câmara, em sua fala, enalteceu a iniciativa da gestão Hunaldo Pepezinho, todavia, foi veemente em seu pronunciamento quando disse que o governo do estado nem tendo dado a atenção devida com relação ao policiamento de Jaguaripe, fazendo apelo par que o atual governo estadual possa, deveras, atuar de forma mais consistente.
Foram feitas sugestões para criação de um grupo de Whatsapp para que a população possa interagir com a polícia militar prestando informações que contribuam para a realização de um trabalho produtivo nessa esfera. Ficou determinado que os policiais em serviço alimentar-se-ão na comunidade do Palma.
ROUBOS E ASSALTOS
A região do Palma é a que mais produz farinha de mandioca na região. Produção que é destinada, em sua maioria, para Santo Antonio de Jesus de onde é comercializada para a capital do Estado e outros municípios.
Muitos agricultores, ao retornarem da feira nesse município, acabam sendo assaltados. Por não haver uma unidade policial na comunidade, têm que se deslocarem à sede do município ou Nazaré para formulação de queixa.
Em seu pronunciamento, o prefeito Hunaldo sugeriu que esses produtores rurais, ao retornarem da feira, não portem numerário decorrente de suas vendas: após comercialização, pagamento de determinadas contas, é, na sua concepção, de bom alvitre que as pessoas depositem as quantias auferidas em contas bancárias.
CELEIRO DE MOTOS ROUBADAS
Informações dão conta de que a região do Palma é a que mais concentra motos roubadas na região. Alguns participantes sugeriram ao comandante que as viaturas, em suas abordagens, evitem acionamento de sirenes. O comandante, por sua vez, adiantou que esses procedimentos fazem parte da norma de conduta da corporação.
DEFINIÇÕES
Depois de várias interpelações, sugestões para que a polícia militar, através de seus destacamentos, possa continuar exercendo, com galhardia, seus serviços mas que a população, de fato, possa atuar na condição de parceira.
NOSSA CONSIDERAÇÕES SOBRE ALGUMAS TEMÁTICAS
CONTINGENTE POLICIAL
A briosa polícia militar presta, insofismavelmente, um meritório trabalho em prol da sociedade, todavia, infelizmente, não dispõe de um contingente à altura da demanda reinante. Por conta disso, o aumento da criminalidade em todo o Estado, algo que também é uma realidade nos diversos rincões do país.
Na ocorrência de delitos a população sempre cobra da polícia e exclama que a “polícia só chega depois”. Em várias situações, sim, mesmo porque, à luz do contingente disponível, impossível atender geograficamente as demandas do dia a dia.
Seria de bom alvitre, já que a educação e geração de emprego e renda não é prioridade, que, por enquanto, se aumentasse os contingentes policiais nos municípios.
SEGURANÇA
Preconiza a Constituição que segurança é “dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”. Partindo da premissa que é um dever do Estado, cabe a esse ente governamental oferecer toda uma logística para que a segurança seja, deveras, oferecida de forma universalizante e com a qualidade necessária.
Acontece que o governo apodera-se dessa nuance para dizer que, em sendo direito da população, ela também tem responsabilidade no processo. Trocando em miúdos: a população tem que dar a contrapartida, atuando como informante. Esse gancho é, na verdade, para justificar a falta de investimentos mais robustos em logística operacional que inclui, no seu bojo, veículos, armamentos e contingente.
Considerações à parte, já que nos inserimos no contexto da precariedade, faz-se necessário que a população atue como parceira nessa luta, contribuindo para com a instituição no combate à criminalidade. Ou seja, se estamos na chuva, tempos que nos molhar. Mas até quando?
EDUCAÇÃO
Falar de segurança é debruçar-se numa questão muito ampla e complexa. Não vemos, com bons olhos (questão de opinião), a militarização nas escolas. Moral e cívica, religião e disciplina, podem ser ministrados, muito bem, por professores. Veríamos, sim, com grande alegria, a adoção de providências que, de fato, fizessem com que a educação atingisse índices ideias (como ocorre nos países mais desenvolvidos) e que, paulatinamente, houvesse progressão na absorção de conhecimentos das camadas mais carentes até as mais aquinhoadas financeiramente, gerando emprego e renda e, por conseguinte, diminuição das desigualdades sociais.
Só assim teríamos, de fato, passos significativos com relação à tão propalada busca de igualdade social. Tal qual a linha do equador, ela existe, todavia, na prática, ninguém vê. Por conta disso, na ponta da linha (nos municípios), os prefeitos são sempre cobrados no que concerne ao oferecimento de vagas de emprego.
No seio da polícia militar muitas personalidades competentes que estariam, com certeza, desempenhando suas atividades laborativas como advogados, médicos, engenheiros, empresários, etc. Nesse sentido, deveríamos caminhar em direção inversa, priorizando os esteios básicos da população: EDUCAÇÃO, SAÚDE, MORADIA. Fotos, Antonio Mascarenhas. Veja todas as fotos através do link FOTOS, no topo do site tvsaj.com.br