O médico veterinário do Cetas/Inema, Paulo Bahiano, explicou que os animais foram selecionados com base em testes de comportamento, avaliação física e clínica. “Antes de voltarem à natureza, todos os jabutis passaram por exames laboratoriais e receberam um microchip para a identificação de cada individuo. O trabalho não termina com a soltura, continuaremos monitorando estes animais e realizando a coleta sistemática de dados para aperfeiçoamento de metodologias e procedimentos direcionados especificamente a esta espécie”, explicou.
A ação contou com a participação da diretora-geral do Inema, Maria Amélia Lins, que destacou a soltura como um marco para a conservação da fauna na região. “O Governo do Estado não tem medido esforços e investimentos quando se trata de políticas e estruturas voltadas à proteção dos animais silvestres e de seus habitats. Os Cetas têm sido fundamentais neste processo, realizando o trabalho de resgate, tratamento e reintrodução, inclusive de algumas espécies ameaçadas de extinção”.
A diretora também falou sobre o comprometimento da equipe que atua na gestão de fauna. “É importante ressaltar que este momento só foi possível graças à dedicação destes profissionais, uma equipe multidisciplinar com a participação de técnicos, veterinários, biólogos, motoristas, entre outros, que são referência em suas áreas de atuação”, completou.
Presente em muitos lares brasileiros e criado como doméstico, o jabuti é um animal silvestre que só pode ser adquirido em criadouros legalizados. “A retirada destes animais da natureza, por ação da captura e do comércio ilegal, pode ocasionar na redução da diversidade florística do ambiente, pois eles atuam como dispersores de sementes e no controle de ervas daninhas”, ressaltou a bióloga da Coordenação de Gestão de Fauna do Instituto, Marianna Pinho.
Com sedes em Salvador e Cruz das Almas, o Cetas conta com uma equipe multidisciplinar, são especialistas nas mais diversas áreas da gestão da fauna silvestre, além de equipamentos para avaliação e tratamento das condições físicas e de saúde de cada espécie.
Encontrou animal silvestre ferido, longe de seu habitat natural andando por rodovias, praças e residências, ou pretende fazer uma entrega voluntária, solicite imediatamente o resgate através do WhatsApp do Cetas (71) 99661-3998.
Asas
São propriedades rurais cadastradas pelo Inema, a partir da manifestação voluntária do proprietário, para a reintrodução de animais silvestres. Elas devem apresentar as condições ambientais adequadas para o desenvolvimento de cada espécie.
Entusiasta das atividades exercidas pelo Cetas, o proprietário da área de soltura, Felipe Garziera, não escondeu a emoção ao ver os animais na natureza. “É um sentimento de alegria e, antes de tudo, de muita esperança de que a vida silvestre possa ser preservada. Recomendo para as pessoas que tenham propriedades rurais, primeiro que mantenham a vegetação nativa e segundo que as cadastrem no Inema como Asas, fazendo parte dessa rede de proteção à biodiversidade”, enfatizou.
Fonte: Ascom/Inema