Após aplicar goleada em casa há exatamente uma semana, o Bahia tem grande desafio pela frente neste domingo, 27. E dado o desempenho do Tricolor de Aço no triunfo contra o Red Bull Bragantino, pela última rodada, o jogo pode ter vindo na melhor hora. Se é para enfrentar o líder do campeonato, que seja no momento em que o time está com a confiança em alta.
É com o moral lá em cima que os comandados de Renato Paiva entrarão em campo contra o Botafogo, no Rio, às 16h. O objetivo do elenco é mostrar para todos que o resultado de 4 a 0 (coisa que não acontecia desde abril deste ano, em partida contra o Volta Redonda, válida pela Copa do Brasil) não foi um caso isolado. Acima da conquista dos três pontos, o resultado acachapante pode ter significado uma virada de chave para o resto da competição.
Por mais que inegavelmente o jogo seja complicado, afinal, o adversário vive o melhor momento da sua história desde o Campeonato Brasileiro de 1995, quando a famosa Estrela Solitária brilhou como nunca, há fatores que fazem ser possível acreditar que o Tricolor pode realmente voltar a Salvador de bem com a vida.
Uma coisa que pode animar o torcedor baiano é o histórico do confronto. Em 53 jogos entre as duas equipes, o resultado foi positivo para o tricolor em 20 ocasiões, contra 16 da equipe carioca e 17 empates – a vantagem era ainda maior, mas no primeiro turno o Botafogo venceu o Bahia por 2 a 1, em plena Fonte Nova.
Além disso, é importante ressaltar que o time alvinegro não conta com seu principal reforço desde que virou SAF. O artilheiro isolado do campeonato com 13 gols, Tiquinho Soares, ainda não se recuperou de uma lesão no joelho esquerdo e não irá a campo. Diferenciado, no primeiro confronto entre as duas equipes no ano, o jogador teve uma noite de garçom ao contribuir com duas assistências.
Como nesse jogo o Glorioso ainda estará sem o seu atacante mais mortal, com o perdão do trocadilho, já é boa razão para o Bahia sonhar um ‘tiquinho’ mais.
O zagueiro Kanu, que ficou fora do jogo em Salvador por, na época, pertencer ao Fogão, agora é oficialmente atleta do Esquadrão até 2027. Na tarde de hoje o esportista enfrentará o seu ex-clube pela primeira vez na carreira.
Em entrevista coletiva concedida na sexta-feira, ele deu ênfase à preparação do elenco para essa disputa. “A gente está muito motivado, trabalhamos bastante esta semana focados apenas nesse jogo para conseguir um grande resultado […] a gente espera, com muito trabalho e com muito empenho, conseguir o que ninguém fez lá”, disse.
Mesmo com os treinos pensados para a partida, é pertinente lembrar que o time enfrenta oito rodadas seguidas sem vencer fora de casa. Esse é um tabu que definitivamente precisa ser batido, mas o Bota não medirá esforços para mantê-lo – jogando no Rio de Janeiro, o Alvinegro carioca ainda está com um aproveitamento de 100% no torneio.
Na última vez que os times se enfrentaram no Nilton Santos pelo Brasileirão, a equipe baiana levou vantagem. O jogo, que aconteceu em 2020, terminou com o placar de 2 a 1. Mas é preciso pontuar que foi na época em que o distanciamento social por decorrência da Covid-19 ainda estava em voga, portanto, a partida aconteceu com os portões fechados. Dessa vez, o tricolor pode esperar atmosfera bem diferente no confronto, já que a torcida botafoguense prometeu fazer a maior festa da história do estádio.
O jogo
O Bahia fez ontem o último treino antes da partida e viajou para o Rio de Janeiro. O clube pode contar com o já recuperado atacante Biel, que estava longe dos gramados por razão de lesão, à lista de relacionados. Lesionado, o lateral André é desfalque certo. A escalação de Renato Paiva é previsível em todos os setores, exceto no comando do ataque, onde Everaldo e Vinícius Mingotti têm se revezado.
No Botafogo, há três desfalques confirmados: Marçal, por lesão, e Di Placido e Tchê Tchê, suspensos. –