No dia a dia, deparamo-nos com uma multiplicidade de imagens. Imagens que se nos apresentam de forma estática ou em movimento. Muitas vezes, vemo-las, todavia, não as enxergamos. E isso é bastante natural, convenhamos. Em meio a todas elas, as que despertam todos tipos de emoções, sejam as de cunho construtivistas, sejam as que se inserem no âmbito pejorativo ou, ainda, as que remetem às que suscitam olhares poéticos.
O que seriam das imagens, não fossem a magia dos olhares? São eles que detectam a essência transmitida a partir de situações que nos rodeiam no cotidiano. Mas o que seria da vida de cada um de nós se tivéssemos a capacidade de absorver a mínima quantidade possível desse néctar de cores que a cada instante, a cada quarteirão, salta diante de nossos olhos?
O que seria da humanidade se cada um, aqui ou acolá, se dispusesse a prestar mais atenção àquilo que se desfralda diante de nossos distantes olhares? Por que não olharmos além de nossos umbigos? Por que o próximo, mesmo tão próximo, se mostra tão distante? Situações dessa magnitude levam-nos à necessidade de reflexões. Por que somos tão individualistas, a ponto de taparmos os olhos diante de realidades que se estampam a nossa frente?